Startups revelam estratégias para período pós-pandemia

Prática do home office deve crescer mesmo com fim da quarentena
A pandemia do novo coronavírus mudou a forma como vemos e realizamos ações em nosso cotidiano, para começar pelos trabalhos.
Por conta da quarentena, muitas empresas tiveram que adotar o modelo home office, isto é, trabalhar em casa, como medida para conter o avanço da Covid-19,
Fato é, que depois de algum tempo trabalhando desta maneira, muitas empresas e startups observaram que o modelo deu resultados positivos, e com isso, pretendem mesmo com fim da pandemia, incrementar a prática no dia-a-dia.
Alexandre Barros, coordenador do Nexus (hub de inovação do Parque Tecnológico de São José dos Campos), conta que o início do processo foi bem complicado para a maioria das empresas que acompanham, mas que com o tempo, refletiram resultados positivos.
“O começo foi bem traumático, mas com a implantação de cada vez mais ferramentas, as pessoas voltaram a sua produção normal, e alguns departamentos afirmaram ter conseguido até performances melhores”.
O Nexus é um ambiente para conexão de startups, pequenas, médias e grandes empresas, investidores e instituições de ensino. Atualmente, conta com 65 startups e cerca de 60 empresas.
“Semana passada fizemos um levantamento com todas as empresas, e a maioria delas afirmaram ter tido bons resultados e alegaram que pretendem continuar com a pratica de home office e revezamento de funcionários, mesmo com o fim da quarentena”, concluiu.
Marcelo Lima, diretor de relações institucionais da Quero Educação, startup especializada em marketing educacional, afirma que o desempenho dos funcionários melhorou com o home office, e que as reuniões por videoconferência têm ajudado a manter o ritmo de trabalho, mesmo com distanciamento.
“O desempenho tem sido excepcional. Muitos gestores notaram aumento na produtividade das equipes. Sugerimos a adoção de relatórios diários de atividades para que os colaboradores indiquem quais são as tarefas do dia e, ao final do período trabalhado, avaliem o que foi e o que não foi concluído. Isso tornou mais concreto para o colaborador o quanto ele pode realizar”.
O diretor conta que assim que o primeiro caso de coronavirus foi confirmado em São José, todos os colaboradores foram colocados em home office.
“É certo que todos esses aprendizados vão trazer à empresa novas rotinas. A política de home office passa a ser uma opção de forma de trabalho, pois percebemos que a maioria de nossos colaboradores se adaptou muito bem ao modelo”, finaliza.
Marcelo Abritta, CEO da Buser, aplicativo que oferece serviço de compra de passagens de ônibus para viagens intermunicipais, também alega que a prática do home office já era comum na empresa. Segundo ele, desde o início da pandemia, a equipe trabalha no formato remoto, aproveitando o momento para o desenvolvimento de projetos importantes.
“Fechamos nossos escritórios físicos no Brasil e criamos diversas iniciativas para manter os funcionários engajados e com boa saude física e mental. Além disso, A startup tem oferecido suporte aos funcionários em relação à estrutura física de trabalho, como equipamentos eletrônicos, mesas e cadeiras adequadas, quando necessário”, diz.

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