HOMENAGEANDO RICARDO GALVÃO E OS INDÍGENAS YANOMAMI, BLOCO DO INPE REÚNE FOLIÕES EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP

O bloco ‘Lá em Cuba, Em Cuba Lá’ é formado por pesquisadores, servidores e ex-funcionários do Inpe.

O tradicional bloco ‘Lá em Cuba, Em Cuba Lá’, formado por pesquisadores, trabalhadores e ex-funcionários do Inpe, reuniu foliões na noite desta quarta-feira (15), no Parque Vicentina Aranha, em São José dos Campos.

Sem novos bonecões, mas com resgate de temáticas e comemoração da retomada do carnaval, o bloco voltou às ruas trazendo as tradicionais marchinhas, com mensagens sobre o contexto político e cultural da região e do país, além de homenagear figuras importantes que já fizeram parte do bloco e contribuíram na formação dele.

A marchinha deste ano foi construída citando o Ricardo Galvão, atual presidente do CNPq, além dos indígenas Yanomami e o Ditinho, um músico que participava do bloco e faleceu durante a pandemia.

Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda
Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda

De acordo com Miguel Monteiro, pesquisador do Inpe e um dos organizadores do bloco, a expectativa para a folia deste ano estava grande. Antes da folia, Marcos relembrou ao g1 o período de pandemia, em que o bloco aconteceu apenas de maneira remota e falou sobre a retomada.

“Aparentemente, as pessoas estão dispostas! Temos que considerar que a pandemia não acabou, os números são bons, mas é importante estar todo mundo vacinado! Nosso bloco nasceu na tradição, com as marchinhas e sempre procuramos um tema regional para discutirmos com a cidade. Esse ano, recuperamos alguns temas recentes e celebramos o retorno do carnaval às ruas, celebrando o seu Ditinho!”, afirmou.

Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda
Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda

Marchinha

Marcos explicou ao g1 trechos da marchinha, falando sobre a mensagem que queriam passar sobre a retomada e o Ricardo Galvão.

“Vamos retomar as ruas e voltar a ter um mínimo de campo mais racional. Galvão defendeu a instituição que trabalhava, protegeu a instituição e apresentou os dados. Esperamos que ele faça um bom trabalho e sempre torcemos que os cientistas renomados como ele, ocupem uma posição de destaque. Agora é celebração da volta dele para a ciência, mas para o CNPQ”, contou.

Nesta semana, um balanço do Inpe apontou que o garimpo aumentou 787% em terras indígenas entre 2016 e 2022. Parte das atividades foram detectadas nas Terras Indígenas Yanomami.

“O Inpe é um órgão interno de assessoramento ao governo. Um Instituto técnico do estado e não de governo, sempre vamos produzir dados, mostrar a realidade para que as autoridades façam algo para mudar. Na marchinha, fizemos referência a situação atual dos Yanomami e juntamos com o Piraquá, para mostrar que somos todos iguais e celebrar todo mundo junto”, explicou.

Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda
Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda

Sobre o seu Ditinho, Marcos lembrou com saudade. “Ditinho era tocador de tuba, maestro e presidente da banda de Santana. É uma homenagem, ele faleceu na pandemia, então queremos trazer essa lembrança dele”, disse.

O pesquisador explicou também quem é Zoraida, que há anos faz parte das marchinhas do bloco.

“Zoraida é uma mulher que, em todo bloco, fazemos uma parada frente ao apartamento dela para chamar ela para descer do prédio. Desde 2010 chamamos e ela nunca quer descer! Conversamos com ela, é uma amiga, uma mulher elegante! Gritamos ‘Desce Zoraida!’ Vamos ver se esse ano ela desce”, brincou.

Por fim, Marcos contou que a marchinha faz um convite para que a população deixe de lado as telas do celular e computador, para aproveitar a folia na rua. “Nesses dois anos vimos o carnaval de janelas, na internet. Então falamos da volta do carnaval, para aposentar o avatar e voltar para as ruas”, disse.

Veja a letra da marchinha completa

  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Com alegria quero te encontrar
  • Com alegria vamos foliar
  • Traz o boneco
  • Faz a folia
  • Agora é hora de retomar
  • Traz a bandeira e a fantasia
  • Atrás da banda vamos cantar
  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Com alegria quero te abraçar
  • Com alegria vamos foliar
  • Tum tum tum
  • Faz a tuba do Ditinho
  • Vão vão vão
  • O bigode do Galvão
  • Chama do Zé Mira
  • Chama a Zoraida
  • Yanomami e os Piraquá
  • Chama a cidade com poesia
  • Com alegria, Em Cuba Lá
  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Lá em Cuba, Em Cuba Lá
  • Com alegria quero te abraçar
  • Com alegria vamos foliar
  • Aposenta o avatar
  • Fecha a janela e vem para cá
  • Traz a memória
  • A fantasia
  • A rua faz folia
  • No Em Cuba Lá
Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda
Homenageando Ricardo Galvão e os indígenas Yanomami, bloco do Inpe reúne foliões em São José dos Campos, SP. — Foto: Bruna Capasciutti/TV Vanguarda

Fonte: G1

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *