Casal acusado de aplicar golpe de R$ 40 milhões em Jacareí é preso em GO

Segundo delegado, empresária e marido fizeram cerca de 100 vítimas em um esquema de ‘pirâmide financeira’, nos últimos dois anos.

Uma empresária e o marido suspeitos de aplicar golpes de R$ 40 milhões em um esquema de pirâmide financeira em Jacareí (SP) foram presos em Goiânia na segunda-feira (16), segundo a Polícia Civil. O casal era considerado foragido da Justiça desde julho deste ano.

A prisão de Tatiane Soares Ramos e Rafael Cunha Ramos aconteceu na capital goiana em uma operação da Gerência de Operações e Inteligência (GOI) da Polícia Civil de Goiás junto com a Delegacia de Capturas (Decap).

O Classe Líder não conseguiu com a polícia saber se eles já são representados por algum advogado.

De acordo com a Polícia Civil, o casal foi encontrado em um apartamento, no Setor Cândida de Morais, e não reagiu à prisão. A corporação informou ainda que, por se tratar de uma operação de inteligência, não é possível revelar de que forma chegou até o casal.

Inicialmente, segundo a polícia, não há registro de crimes deles em Goiânia.

De acordo com delegado do 1º Distrito Policial de Jacareí, Pedro de Fátima Silva, o comunicado da prisão aconteceu na tarde da segunda.

“Tínhamos indícios de que eles poderiam estar em Goiânia. E hoje fomos comunicados pelo GOI que foram cumpridos os mandados de prisão preventiva. Ainda serão cumpridos os procedimentos pela polícia de Goiás e depois vamos ver a transferência”, informou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, cerca de 100 pessoas procuraram a delegacia para comunicar terem sido vítimas de um golpe cometido pela empresária, que gera em torno de R$ 40 milhões. De acordo com as vítimas, eles compraram pacotes de investimento em uma empresa do setor têxtil, com sede em São Paulo e gerenciada pela empresária.

“Era um esquema de pirâmide, que oferecia o retorno de juros altíssimos fora do que é ofertado no mercado”, informou o delegado, ressaltando que a oferta de ganhos chegava a 80% sobre o valor investido em menos de um mês.

ENTENDA O CASO
Inicialmente, um grupo de 11 pessoas registrou um boletim de ocorrência, no dia 28 de julho, contra a mulher que aplicava o suposto golpe. Em questão de dias, o número de lesionados saltou para 40 pessoas.
As vítimas informaram à polícia que elas investiam dinheiro em uma suposta fábrica de roupas e a mulher suspeita de aplicar o golpe tinha o compromisso de repassar o valor investido com os lucros das vendas feitas pela fabricante.
Após conseguir os valores, a suposta empresária teria informado ao grupo de investidores que estaria “quebrada” e que estudava uma forma de repassar os valores devidos. O comunicado teria ocorrido no mesmo dia em que o grupo de pessoas procurou a polícia. Desde então, a mulher não foi mais localizada.

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