TRÊS VEREADORES SÃO AFASTADOS APÓS OPERAÇÃO QUE INVESTIGA SUPOSTO ESQUEMA DE ‘RACHADINHA’

A Câmara de Ubatuba afastou nesta quinta-feira (31) os três vereadores alvos de uma operação que investiga um suposto esquema de ‘rachadinha’ no legislativo.

Vereadores investigados:

• Eugênio Zwibelberg (União Brasil) – presidente da Casa ;
• Josué D’Menor (Avante);
• Junior Jr (Podemos).

O g1 tenta contato com os três desde a manhã, mas apenas Josué D’Menor se posicionou por meio de sua advogada. A defesa do político disse que não tem nada a declarar no momento.

Operação na Câmara

A operação Corvêia foi realizada na manhã desta quinta-feira (31) para o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, sendo três deles nos gabinetes dos vereadores investigados na Câmara de Ubatuba, três na casa dos vereadores alvos da operação e os demais nas casas de servidores comissionados.

De acordo com o delegado Tiago Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), na operação foram apreendidos celulares, HDs, pen drives, cadernos, documentos e materiais que passarão por perícia e serão usados nas investigações.

Por que operação Corvêia? O nome da operação faz alusão à obrigação do servo, na França medieval, em prestar serviços gratuitos ao senhor feudal.

Segundo o delegado, a decisão do juiz, a partir da representação da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), serviu como mandado para a operação.

Além da suspensão dos mandatos dos três vereadores, o juiz determinou também que eles estão proibidos de frequentar a Câmara de Ubatuba e de manter contato com testemunhas durante a investigação.

A Polícia Civil acredita que esquema de “rachadinha” ainda estava em operação atualmente. A investigação conta com ao menos 12 depoimentos consistentes e extratos bancários de denunciantes.

O Gaeco informou que a ação apura a prática de crimes de associação criminosa, peculato (popularmente chamada de “rachadinha”), coação no curso do processo e cárcere privado.

O MP informou ainda que a Justiça de Ubatuba também determinou medidas cautelares contra os investigados, como a suspensão da função pública e a proibição de frequentar a Câmara, além do impedimento ao contato com qualquer pessoa que tenha relação direta ou indireta com as investigações.

Por: G1/ Vale do Paraíba e Região

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