Alunas acusam professor de assédio em Ubatuba e pais prestam queixa à polícia

Educador, que atuava como substituto na escola, foi afastado pela Secretaria Estadual da Educação. Meninas, com idades entre 10 e 13 anos, ainda serão ouvidas pela polícia.

Um grupo de 10 pais de alunas de uma escola estadual de Ubatuba prestou queixa à polícia contra um professor de educação física. Ele é acusado pelas estudantes na escola estadual Drº Esteves da Silva de assédio sexual.

A Polícia Civil deve instaurar um inquérito e a Secretaria Estadual da Educação informou que afastou o profissional para averiguação. (leia abaixo).

O boletim de ocorrência coletivo foi registrado pelos pais das alunas, que têm idades entre 10 e 13 anos, na quarta-feira (28). As meninas relataram aos familiares que foram vítimas, em dois dias desta semana, do educador.

Elas relataram que foram trancadas em uma sala, expostas a conteúdo pornográfico em vídeo, e contato físico com o professor sem consentimento. As crianças ainda não foram ouvidas na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Mãe de uma menina de 11 anos, que preferiu não ser identificada, disse que o professor é substituto e que a filha relatou que o professor tocou as meninas.

“À noite [na terça], quando cheguei do serviço, ela me disse que um professor começou a assediar as meninas fazendo gestos obscenos. Ele chegou a esfregar o órgão genital, por cima da calça, na minha filha. Ele apertava a bunda delas, o peito e pedia desculpa, falava que era sem querer”, relatou.

Outros pais disseram à polícia que o professor gravou vídeos e fez ameaça para que os fatos não fossem relatados à família. Eles ainda disseram que reportaram a situação à direção da escola, que fez uma reunião e afastou o professor.

A mãe de um aluno disse que o filho presenciou as ações. “Meu filho contou que na segunda-feira o professor teria começado a aula separando meninos e meninas. Na segunda ele passou a mão nas meninas e na terça se encostou em algumas delas”, afirmou outra mãe. Ele deve ser ouvido como testemunha.

O professor mora em Ubatuba e estava substituindo o professor titular da escola de Ubatuba nesta semana. Ele, que foi condenado em 2006 por tráfico de drogas, também ainda não foi ouvido pela polícia.

A reportagem tenta localizar, desde quarta-feira (28), o educador ou a defesa dele para prestar esclarecimentos sobre as acusações. As alunas vão prestar depoimento acompanhadas por um psicólogo.

O QUE DIZ A SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO
A Diretoria Regional de Ensino de Caraguatatuba informou que a direção da escola, assim que tomou conhecimento da denúncia, afastou o professor da escola enquanto o caso é apurado.

“Essa apuração pode resultar na extinção contratual do docente. Um boletim de ocorrência foi registrado e a direção da escola permanece à disposição das investigações e dos responsáveis pelos estudantes”, diz a assessoria de imprensa da pasta em nota.

(G1)

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