Empresárias de São José dos Campos fazem ‘aula de tiro’ em estande da prefeitura
Nas redes sociais, as duas postaram fotos fazendo pose com as armas e afirmam ter feito disparos. As duas não têm porte ou licença para atirar e não poderiam usar o espaço de forma particular. Administração abriu sindicância para apurar o caso.
Duas empresárias e blogueiras de São José dos Campos usaram o estande de tiro da Guarda Civil Municipal para lazer. Nas redes sociais, as duas postaram fotos fazendo pose com as armas e afirmam ter feito disparos. Elas não têm porte ou licença para atirar e não poderiam usar o espaço de forma particular. A prefeitura disse que abriu processo administrativo para apurar o caso.
Carol Becker e Samanta Sattelmayer estiveram no local, que fica na zona norte da cidade, para a prática de tiro. Nas imagens, elas portam uma espingarda e uma sub-metralhadora. Em uma das postagens, Samantha faz pose com um dos alvos marcados com disparo.
No story, ela escreve: “no primeiro eu estava bem nervosa, mas depois do primeiro eu consegui acertar melhor o alvo”. No post, ela ainda frisa que a atividade seria uma ‘aula de tiro’.
A reportagem apurou que a ida delas ao estande de tiro da GCM ocorreu no início de julho. As imagens passaram a viralizar a partir do dia 7 e a intensidade do compartilhamento em aplicativos de mensagens aumentou desde segunda-feira (19).
O centro de treinamento é uma referência na região, sendo usado por forças de segurança de várias cidades como São Sebastião, Caçapava, Aparecida e Arujá. O espaço, armamento e munição são da gestão e não são abertos para uso esportivo. No local são usadas munições reais e não letais (balas de borracha).
A reportagem ainda apurou que Carol e Samanta não têm licença no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) e Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma). Assim, elas não podem praticar disparo de forma esportiva.
O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS
A reportagem procurou as empresárias e blogueiras, que não quiseram comentar o assunto. Em nota, a prefeitura informou que “abriu processo administrativo para apurar as responsabilidades”.
