Concorrência da Marinha tem três empresas da RMVale na disputa

A Marinha do Brasil adiou para o primeiro trimestre de 2019 o resultado da concorrência para comprar quatro corvetas (navios de patrulhamento e defesa) da classe Tamandaré, pacote estimado em US$ 1,6 bilhão.

Inicialmente prevista para o final de 2018, a decisão será divulgada até o final de março de 2019, segundo a Marinha.

Quatro consórcios foram selecionados pela Marinha para disputar o contrato, entre nove propostas recebidas. Os grupos concorrentes contam com três empresas do Vale do Paraíba: Embraer, Mectron e Akaer. As entregas dos navios estão previstas para o período de 2022 a 2025. Cada corveta custará cerca de US$ 400 milhões.

Especulou-se que o adiamento teria sido motivado pela posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em 1º de janeiro.

Em nota, a Marinha negou a questão política e explicou o motivo do adiamento do resultado: “A única razão que motivou a alteração do calendário preestabelecido para a decisão final foi a necessidade de análise de informações adicionais, relativas às propostas finalistas”.

EMPRESAS.

A Embraer Defesa & Segurança integra o consórcio “Águas Azuis”, ao lado da Thyssenkrupp Marine Systems. Conquistando o contrato, a Atech, subsidiária da Embraer, fornecerá o Sistema de Gerenciamento de Combate dos navios em cooperação com a Atlas Elektronik, subsidiária da Thyssenkrupp.

Também disputam a concorrência os consórcios FLV, Villegagnon (com participação da Mectron, de São José dos Campos) e Damen Saab Tamandaré, da empresa sueca Saab, parceira da Embraer no projeto do caça supersônico Gripen NG, e que conta com a Akaer, de São José.

Empresa que vencer será a responsável pela fabricação, montagem e entrega

A empresa que vencer a concorrência da Marinha para a compra das quatro corvetas, será também a responsável pela fabricação, montagem e entrega de subsistemas que serão instalados nas corvetas. “Um projeto como o das Corvetas Tamandaré será uma importante vitrine para a Akaer, mas a satisfação maior é poder aplicar todo nosso conhecimento e tecnologia desenvolvida ao longo destes anos em uma nova área, que é a naval”, disse Cesar Augusto Teixeira Andrade e Silva, fundador e CEO da Akaer. As empresas da região se beneficiam das regras da concorrência, que preveem 30% de conteúdo nacional para o primeiro navio e 40% para as demais embarcações. Todos os componentes e sistemas que compõem o projeto terão que ter tecnologia nacional.

Fonte: OVALE
Foto: Divulgação

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