Vale do Paraíba tem fim de semana violento com nove assassinatos
Ao menos nove pessoas foram assassinadas no último fim de semana no Vale do Paraíba. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, a região é a mais violenta do interior, liderando o número de mortes violentas com 69 pessoas assassinadas nos dois primeiros meses do ano.
As nove mortes levam em conta apenas os casos registrados entre sábado (23) e domingo (24). O maior número de vítimas é de Lorena e Pindamonhangaba, com três vítimas cada.
Em Lorena, três homens foram encontrados mortos com os pés amarrados. As vítimas estavam desaparecidas desde o sábado, quando foram encontradas em um matagal.
Lorena é uma das cidades com maior índice de mortes na região por habitante, segundo o último balanço da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Com cerca de 89 mil habitantes, A cidade teve oito mortes até fevereiro – os dados de março ainda não foram divulgados pelo governo estadual.
Em Pindamonhangaba, três pessoas foram mortas no fim de semana. Entre elas, um idoso de 65 anos. O homem estava de bicicleta quando foi atingido pelos disparos. Ele ainda tentou fugir pedalando, mas não resistiu e morreu. Ainda na cidade, um homem de 40 anos foi baleado por um suspeito que não foi identificado.
Além dos dois casos, um jovem atacou a facadas uma idosa de 85 anos durante um surto psicótico. De acordo com a polícia, ele havia sido diagnosticado com esquizofrenia.
Em seguida, Guaratinguetá, Taubaté e Caraguatatuba também entram na lista com uma pessoa morta por cidade no fim de semana.
Os casos foram registrados pela polícia, mas seguem em investigação. Dos crimes, apenas o caso da idosa terminou com uma prisão, com o jovem sendo rendido em flagrante.
VIOLÊNCIA
Em 2021, a região do Vale terminou o ano como a mais violenta do interior do estado com 348 pessoas mortas. O resultado ruim vem se repetindo este ano. No último balanço da SSP, feito com base nos dados de fevereiro, a região seguia como a mais violenta do interior, com 69 homicídios em dois meses.
NoS últimos meses, o governo estadual mudou a chefia da Polícia Civil e da Polícia Militar na região. Na PM, dois meses depois da troca, foi anunciado ainda um novo comando, que assume com o desafio de frear os índices.