Polícia reabre inquérito do desaparecimento de Marco Aurélio na região do Pico dos Marins em Piquete

O jornalista Rodrigo Nunes informou na quinta-feira (15/07) que o delegado Fábio Cabett reabriu o inquérito do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon depois de supostos indícios publicados nas redes sociais.
Nunes é vereador em Piquete e autor de dois livros sobre o caso registrado em meados de 1985. Na época, aos 15 anos, Marco Aurélio foi dado como desaparecido depois de quase um mês de buscas na região da base do Pico dos Marins em Piquete.
Agora, segundo os relatos, uma mulher teria assegurado o envolvimento do irmão e do pai dela no assassinato e na ocultação do cadáver. Portador de problemas mentais, o irmão teria assassinado Marco Aurélio com tiros de espingarda e fugido em seguida. Na tentativa de esconder o caso, Afonso, o pai do assassino, teria enterrado o corpo dentro da casa da família, num quarto de piso de terra batida.
O desaparecimento é datado de 8 de junho de 1985. Na época, dezenas de soldados da PM e do Exército vasculharam a região durante 27 dias sem encontrar nenhuma pista que pudesse levar ao encontro do escoteiro. De acordo com as informações, Marco Aurélio compunha o grupo de quatro escoteiros. Na subida da montanha, um deles sofreu contusão num dos joelhos e Marco obteve do chefe Juan Séspedes autorização para seguir na frente até a base do pico em busca de socorro. Nunca mais foi visto.
A reabertura do caso ocorre em função de áudios divulgados em redes sociais. Internada, pouco antes de falecer, a filha de Afonso teria feito a revelação. Na época, Afonso residia na base do acampamento e chegou a auxiliar nas buscas. Algum tempo depois, segundo ainda as versões, Afonso teria demolido a casa, construído uma capela no lugar e mudado com a família para outra residência. O filho dele, suposto autor, teria se enforcado numa árvore meses depois.
“Em toda a área de buscas, durante quase um mês, só não houve procura por Marco Aurélio justamente nessa casa. Lembro que, enquanto ufólogos aventavam a possibilidade de abdução, videntes falavam de suas visões. Cheguei a entrevistar uma mulher e ela garantia que o garoto deveria estar numa casa não muito longe sendo cuidado por casal de idosos. Será que a sensitiva estava perto de desvendar o caso naquela época?”, indaga o jornalista Paulo Antônio de Carvalho, que reportou o caso desde o primeiro até o último dia de buscas.
(O impacto)

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