GERDAU EM PINDAMONHANGABA TEM PARALISAÇÃO APÓS RUMORES DE DEMISSÕES EM MASSA
Trabalhadores da unidade da Gerdau em Pindamonhangaba paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (14) em protesto contra rumores de que a empresa poderia realizar até 1.500 demissões no Brasil, com menções frequentes à planta local. A concentração começou às 6h30 e durou cerca de duas horas. Apesar da informação ter circulado amplamente, não há confirmação oficial por parte da companhia. O ato também integra a campanha salarial da categoria.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba afirma que os números não correspondem ao cenário discutido com a direção da fábrica, nem aos dados do CAGED, que apontam apenas 30 postos de trabalho a menos nos segmentos ligados à Gerdau ao longo do ano. De acordo com o presidente André Oliveira, embora haja preocupação com o baixo volume de produção, a hipótese de demissão em massa não havia sido apresentada pela empresa.
Segundo relatos, o clima na fábrica piorou após a circulação da notícia. Em menos de 15 dias, quatro acidentes de trabalho foram registrados, um deles com amputação de dedo. O sindicato cobra estabilidade no emprego, transparência sobre possíveis ajustes e a definição de um calendário de negociações.
Procurada, a Gerdau não confirmou os números e afirmou, em nota, que mantém diálogo contínuo com os trabalhadores e que a segurança é prioridade. A empresa destacou que a importação de aço chinês representa ameaça à indústria brasileira e aos empregos, e que acompanha discussões com o Governo Federal sobre medidas de proteção ao setor.
A unidade de Pindamonhangaba é uma das maiores empregadoras industriais do município, e possíveis cortes podem afetar a cadeia de fornecedores e o comércio local. O cenário reforça a cobrança dos trabalhadores por previsibilidade e posicionamentos oficiais para reduzir as incertezas no chão de fábrica.