MP DENUNCIA TRÊS DA MESMA FAMÍLIA POR ESQUEMA DE PIRÂMIDE FINANCEIRA COM PREJUÍZO DE R$ 300 MILHÕES EM LORENA
Grupo de investimentos que prometia ganhos financeiros suspendeu pagamentos e alegou profunda crise nos negócios em 2020. Desde então, centenas de investidores moveram ações judiciais por ressarcimento.
O Ministério Público de São Paulo denunciou três homens da mesma família por envolvimento em um esquema de pirâmide financeira que atraiu centenas de vítimas e gerou prejuízo de aproximadamente R$300 milhões em Lorena no interior de São Paulo.
Os três são ligados à SFO Holding, grupo que atuou entre 2017 e 2020 no ramo de investimentos financeiros. Desde 2020, quando a empresa suspendeu os pagamentos e alegou profunda crise nos negócios, centenas de investidores moveram ações judiciais contra o grupo.
A denúncia foi protocolada na Justiça na última sexta-feira (2) e acusa os irmãos Samuel Fradique de Oliveira, 72 anos e Pedro Fradique de Oliveira, de 65, além do Sobrinho Murilo Gonçalves Fradique de Oliveira, de 45 anos, pelo esquema fraudulento.
No documento, o MP denuncia que os irmãos Fradique abriram uma empresa e passaram a realizar ofertas de investimentos com promessa de retornos financeiros incompatíveis com o mercado, atraindo centenas de investidores.
A denúncia narra que os irmãos distribuíam os recursos para contas pessoais e para a a pessoa jurídica, além de utilizar uma empresa de financiamento composta pelo sobrinho, que atuava nas movimentações bancárias do grupo.
O Ministério Público cita que, através da empresa SFO Holding – fundada por Samuel –, os três montaram um esquema de pirâmide financeira. Por ela, eram ofertadas investimentos com remuneração em 7 modalidades, com prazos que variavam entre 6 e 24 meses.
O Ministério Público denunciou o trio por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Samuel Fradique, fundador da empresa, também foi denunciado por estelionato e teve a prisão preventiva pedida pelo órgão. O MP ainda pediu que que a sentença imponha ao trio o dever de indenizar as vítimas e o pagamento de R$ 1 milhão cada por danos coletivos. Ainda não há resposta da Justiça.
Font:G1