CRUZEIRO NÃO TEM PLANO DE CONTINGÊNCIA CONTRA ENCHENTES, DIZ CEMADEN

Um levantamento feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP (Fapesp) mostrou que somente 16 das 46 cidades do Vale do Paraíba e região bragantina têm um plano de contingência para enchentes e inundações.
De acordo com o estudo, que passou a ser feito em 2010 quando a cidade de São Luiz do Paraitinga foi atingida por um temporal, as cidades com plano de contingência para as enchentes ou inundações são:
Atibaia
Bragança Paulista
Caçapava
Campos do Jordão
Caraguatatuba
Lorena
Monteiro Lobato
Piracaia
São Bento do Sapucaí
São José dos Campos
São Luiz do Paraitinga
São Sebastião
Taubaté
Vargem
Os números são do levantamento mais recente feito pelo Cemaden, em 2020. Além das 16 cidades com plano de contingência de enchentes, a pesquisa apontou também que somente 15 tinham planos de redução de riscos (Aparecida, Atibaia, Caçapava, Campos do Jordão, Canas, Jambeiro, Lorena, Monteiro Lobato, Pindamonhangaba, Piquete e Santa Branca).
Outras 15 cidades tinham plano de contingência para deslizamentos. São elas: Atibaia, Bragança Paulista, Caçapava, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Ilhabela, Jacareí, Piquete, Piracaia, São Bento do Sapucaí, São Sebastiao, Taubaté, Tremembé e Vargem.
Do total de cidades da região, 67% não têm um plano de prevenção e contingência. Desse número, 80% são cidades com menos de 100 mil habitantes.
Segundo o sociólogo do Cemaden e coordenador do projeto responsável pela pesquisa, Victor Marchezini, o projeto analisa as capacidades dos governos para situações como essas.
“O projeto está analisando as capacidades organizacionais de governos municipais e comunidades para se preparar frente a eventos extremos de tempo e clima, como ondas de calor, inundações, deslizamentos, enxurradas e secas”, explicou.
Para o pesquisador, é importante que os gestores eleitos neste ano tenham políticas voltadas para essas questões na prática.
“Nós temos boas leis, mas a dificuldade é como implementar, como colocar em prática. É importantíssimo que, nas próximas eleições municipais, candidatos pensem em como envolver a parte da gestão de risco de desastres e as condições das Defesas Civis em suas propostas”, finalizou.

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