MORADORES RELATAM TREMORES DE TERRA NO LITORAL E INTERIOR DE SP
Instituto de Sismologia da USP notificou um abalo de magnitude 3,9 na região de Itariri, às 8h11, desta sexta-feira (16).
Um forte tremor foi sentido por moradores da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e em cidades do Vale do Ribeira, no interior, na manhã desta sexta-feira (16). O g1 conversou com pessoas que se assustaram com as vibrações em diferentes cidades.
O Instituto de Sismologia da USP notificou um abalo de magnitude 3,9 na região de Itariri (SP) às 8h11 desta sexta-feira (16).
Já a Defesa Civil do Estado informou, por meio de nota, que por volta das 8h22 um abalo sísmico foi sentido na região do Vale do Ribeira. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil não receberam nenhum chamado para ocorrência com vítimas ou danos estruturais.
Segundo o Centro de Sismologia da USP, o abalo foi de 4.0° na escala Hitcher e seu epicentro foi no município de Iguape. Este abalo pode ter sido sentido em um raio de até 100 km do seu epicentro. Abalos entre 3,5° a 5,4° são sentidos, no entanto, não costumam gerar danos estruturais.
Relatos
Imagens obtidas pelo g1 nesta sexta-feira (16) mostram o momento exato do abalo sísmico que atingiu o litoral e o interior de São Paulo no início da manhã. No vídeo, registrados na região da Barra do Ribeira, em Iguape, é possível ver as câmeras de monitoramento balançando durante vários segundos.
Há também relatos de moradores de Itanhaém, Peruíbe, Miracatu e Registro, que sentiram os tremores (veja abaixo).
O autônomo Vinícius Santos da Silva, de 23 anos, mora em Itariri e estava falando no telefone quando sentiu o tremor. Ele estava conversando com a sogra, que está em Pedro de Toledo, e também sentiu as vibrações.
“Estava segurando meu filho no colo, aí senti o primeiro tremor e pensei que um caminhão tinha batido na pista, porque a gente mora perto. E sentimos o segundo, minha sogra também sentiu. Achamos surreal, todo mundo entrou meio em desespero” (veja o vídeo no início da reportagem).
Eliana Diniz mora em Peruíbe e sentiu o tremor às 8h22 desta sexta-feira. Ela mora em um conjunto habitacional da CDHU e estava no quarto. “Senti tudo tremer e veio alerta no meu celular e no dos meus filhos”, explica sobre um comunicado enviado pelo Google ao aparelho.
“Eu pensei que era alguém me sacudindo, olhei para o lado e não tinha ninguém. Pensei que era um dos meus filhos sacudindo a cama para eu levantar, mas não tinha ninguém, daí que veio aquele frio de medo”, ressalta Eliana.
Em Itanhaém, a escriturária Camila Watanabe Muniz, de 22 anos, estava trabalhando na prefeitura quando sentiu um leve tremor. “Senti minha mesa tremer e, até então, acreditei que fosse algum caminhão mais pesado passando na rua, então ignorei. Até que minha mãe entrou em contato comigo preocupada, perguntando se eu havia sentido o tremor, pois ela está em Iguape e sentiu um tremor mais forte”, conta.
A Defesa Civil de Itanhaém informou que realiza o acompanhamento dos fatos e mantém contato com a Defesa Civil do Estado de São Paulo.
A empresária Ana Paula Martins Bertoldi Gato, de 52 anos, sentiu as vibrações em Registro. Ela diz que nunca havia acontecido nada parecido na cidade e que a sensação foi horrível.
“Estávamos na cozinha e, de repente, a minha cristaleira e copos começaram a bater por aproximadamente 10 segundos. Sai correndo para a varanda da minha casa para ver se passava algum caminhão pela rua ou algo do tipo, mas imediatamente recebi as notificações de terremotos no celular”, enfatiza.
Via: G1 Vale