Caoa Chery vai demitir 600 e suspender produção na fábrica de Jacareí

A Caoa Chery vai demitir cerca de 600 funcionários e suspender a produção na fábrica da montadora em Jacareí, no interior de São Paulo. Segundo a empresa, a fábrica deve passar por adequações para a produção futura de veículos elétricos.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a medida impacta 600 postos diretos, que serão demitidos com a desativação das atuais linhas de produção.
Os representantes da categoria informaram que a notícia foi dada pela empresa em uma reunião na manhã da quinta (05). Segundo a Caoa, a suspensão é temporária para atualização da estrutura da fábrica de Jacareí, como parte de sua estratégia de tornar todos seus carros em elétricos até o final de 2023.
“A suspensão das atividades tem como objetivo ajustar os processos produtivos da planta para novos modelos com tecnologias híbridas e elétricas, visando a modernização e atualização das linhas de produção”, informou.
A empresa afirma ainda que a pausa na produção em Jacareí será compensada pela intensificação no volume da fábrica de Anápolis (GO), que deve receber novos lançamentos no segundo semestre de 2022. A montadora mantém a meta de vender 60 mil carros neste ano.
A fábrica em Jacareí produz os modelos Tiggo 3 e Arizzo 6 e conta com 600 funcionários, 370 deles no setor de produção. Com a desmobilização, a empresa vai demitir toda a produção e metade dos funcionários do setor administrativo.
O sindicato vai se reunir com os funcionários para elaborarem uma proposta para começarem as negociações com a fábrica.
A Caoa Chery informou que negocia com o Sindicato “um pacote de indenização suplementar, além do regular pagamento das verbas rescisórias legais, seguindo o seu compromisso de respeito aos trabalhadores”.

HISTÓRICO DA FÁBRICA
A Chery inaugurou a fábrica em Jacareí, a primeira da montadora no Brasil, em agosto de 2014 após três anos de obras e investimento de US$ 400 milhões. O objetivo era aumentar a participação no mercado brasileiro, mas os números não decolaram.
Em 2017, a CAOA assumiu metade da operação da montadora Chery no Brasil. A parceria tinha a expectativa de reverter o fracasso de vendas e metas, impostas pela multinacional chinesa, para atuação no Brasil.

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