Começa o período de recuperação intensiva nas escolas estaduais de São Paulo

Começou na segunda-feira, 19, nas escolas estaduais de São Paulo o período de Recuperação Intensiva. A ação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vai atender, entre os dias 19 e 30 de julho, estudantes do ensino fundamental e do ensino médio com desempenho escolar insatisfatório ou com frequência inferior a 75% em Língua Portuguesa ou Matemática (ou ambas) no 1º ou 2º bimestres.
A recuperação, contudo, prioriza estudantes dos 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio. O reforço de aprendizagem ocorrerá de forma presencial, com turmas entre 5 e 20 estudantes, seguindo os protocolos de saúde do Plano São Paulo, e contará com apoio do Centro de Mídias São Paulo (CMSP) no complemento do processo de aprendizagem dos estudantes.
Depois de confirmar a participação dos estudantes para pais e responsáveis, cada escola organizará a quantidade de aulas e carga horária, de acordo com necessidade estudantil e disponibilidade de professores. No período diurno, cada estudante que participar da recuperação realizará no mínimo 5 e no máximo 25 aulas semanais. Já no noturno, a variação permitida é entre 5 e 20 aulas por semana. Haverá oferta de merenda escolar.
Na recuperação de Língua Portuguesa para Anos Finais e Ensino Médio (do 6° ano à 3ª série), a prioridade de atribuição de aulas é para docentes habilitados em Língua Portuguesa, Inglês ou Artes e Ciências Humanas, nesta ordem. Em Matemática, também podem atuar professores habilitados em Ciências da Natureza. Para Anos Iniciais (do 1º ao 5º ano), todos os professores da Educação Básica I estão aptos. No 6º ano do Ensino Fundamental, também podem ser atribuídas aulas ao Professor Educação Básica I, conforme a necessidade de aprendizagem dos estudantes. A necessidade de contratação docente vai depender da indicação de cada escola à Diretoria Educacional (DE).
O processo de recuperação é comentado pelo Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares. “É mais uma chance para que os estudantes com dificuldades possam recuperar aprendizados fundamentais de Língua Portuguesa e Matemática. Isso vai contribuir de maneira direta para que esse grupo consiga melhorar o acompanhamento das aulas no decorrer do ano letivo”, diz.
As escolas estaduais terão flexibilidade para organizar grupos de estudantes de diferentes anos/séries, formando agrupamentos com estudantes que apresentem necessidades de aprendizagem semelhantes, considerando habilidades e faixa etária. Estudantes com deficiência múltipla, intelectual, visual, física, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação poderão contar com professor da educação especial, que apoiará o professor regente, por meio do ensino colaborativo. Já estudantes com deficiência auditiva/surdez poderão contar com apoio do intérprete de libras.
Escolas aptas
A ação vai ocorrer nas unidades escolares estaduais que oferecem cursos regulares de ensino fundamental e médio. As escolas do PEI (Programa de Ensino Integral) e ETI (Escolas de Tempo Integral) também estão inseridas no projeto.
Não serão contemplados estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), indígenas, ao Atendimento Socioeducativo, do Programa de Educação nas Prisões (PEP), dos Centros de Línguas (CEL), e as escolas localizadas em municípios que não autorizaram o retorno das aulas de forma presencial. No caso de escolas quilombolas e de comunidades tradicionais, poderão ocorrer aulas caso sejam permitidas aulas presenciais nos municípios durante o período, desde que as comunidades estejam de acordo com sua realização.

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