Funcionários da LG fazem carreata contra demissões na fábrica em Taubaté

LG decidiu encerrar as operações globais em celulares, no Brasil produzidos exclusivamente na unidade, e transferir o setor de monitores e notebooks para a fábrica de Manaus (AM). Cerca de 700 podem ser demitidos.

Funcionários da LG realizam uma carreata nesta sexta-feira (16) em protesto pelo fim da produção na fábrica em Taubaté. A medida impacta cerca de 700 trabalhadores que atuam nas linhas de celulares, divisão encerrada globalmente pela marca, e de monitores e notebooks, que será transferida para Manaus (AM).

A manifestação começou por volta das 8h30 quando funcionários deixaram a porta da fábrica e seguiram em carreata pela cidade. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, cerca de 200 carros e motos se concentravam em frente à prefeitura por volta das 10h.

Os trabalhadores da LG entraram em greve na última segunda-feira (12) após recusarem proposta de indenização social da empresa pela demissão em massa. Desde então, as negociações entre empresa e sindicato estão suspensas. O processo será discutido nesta sexta (16) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Em nota, a LG informou que respeita os atos de protesto dos funcionários, que mantém diálogo aberto com o sindicato e que vai ao TRT reunião sobre a greve nesta sexta-feira (16).

FIM DA PRODUÇÃO
A LG anunciou no dia 5 de abril que encerraria a produção de celulares, que são produzidos em Taubaté. Com a redução da capacidade produtiva, a LG anunciou ainda que a fabricação de notebooks e monitores também seria encerrada e transferida para Manaus.
A medida vai impactar na demissão de cerca de 700 funcionários, segundo o sindicato. A empresa mantém na cidade 1 mil empregados, 300 deles no setor de call center, que vai ser mantido.


INDENIZAÇÃO
Após o anúncio, a empresa chegou a apresentar uma proposta de indenização que prevê valores entre R$ 8 mil e R$ 35,8 mil, que varia de acordo com o tempo de serviço. Além de manutenção da PLR e do convênio médico até 2022.
Os funcionários rejeitaram a proposta em assembleia na segunda-feira (12) e anunciara, greve. Eles já estavam em estado de greve – procedimento previsto em lei. A paralisação tem previsão de permanecer até uma nova tratativa da empresa.
Apesar do anúncio de encerramento, a LG informou que permaneceria produzindo até o fim do 1° semestre.

(G1)

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