Gestamp alega impacto pela pandemia e demite 164 funcionários em Taubaté
Empresa anunciou encerramento do terceiro turno como medida estratégica, após baixa demanda com a pandemia do novo coronavírus.
A Gestamp, que atua no setor de autopeças, demitiu 164 funcionários da fábrica em Taubaté (SP) nesta quinta-feira (14). Segundo a empresa, as demissões foram provocadas pelo impacto econômico causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Com os desligamentos, a empresa suspende a produção no terceiro turno da fábrica. A Gestamp mantém ainda cerca de mil funcionários, que terão estabilidade no emprego até setembro.
Em abril, a empresa havia colocado todos os funcionários em layoff (suspensão temporária de contratos) por dois meses, além de redução nos salários de até 25%. Antes que o período se terminasse, no entanto, a empresa decidiu pela suspensão da medida e pelas demissões. Os demais funcionários devem voltar ao trabalho na próxima segunda (18).
De acordo com a Gestamp, a medida foi tomada depois de uma avaliação do mercado. A empresa alega estar com faturamento zerado desde março e sem sinalização de que as empresas para quem presta serviço retornem ao trabalho em produção total, com todos os turnos.
Em comunicado aos funcionários demitidos, a Gestamp atribuiu a demissão ao cenário econômico impactado pela pandemia (veja abaixo).
Segundo o acordo feito pela empresa com o Sindicato dos Metalúrgicos, os demitidos, além das verbas rescisórias, vão receber dois meses de vale alimentação e um mês de convênio médico.
Os cerca de mil trabalhadores que foram mantidos na planta vão ter estabilidade de emprego até setembro.
O Sindicato dos Metalúrgicos foi acionado pelo G1, que aguardava retorno até a publicação da reportagem.