Apreensão de mercadoria termina em confusão entre vendedores e guardas municipais em Taubaté

Prefeitura informou que vai apurar se houve excesso na atuação da guarda

Dois vendedores ambulantes tiveram a mercadoria apreendida após uma confusão com a GCM (Guarda Civil Municipal) no final da manhã da quarta-feira (20) em Taubaté.
Os ambulantes foram ouvidos pela Polícia Civil e liberados. Secretaria de Segurança vai apurar se houve excesso na conduta dos guardas. Um dos agentes disse ter sofrido injúria racial.
O caso aconteceu em um dos calçadões do centro de Taubaté por volta das 11h. De acordo com pessoas que trabalham em lojas próximas de onde aconteceu a confusão, os dois ambulantes que vendem batatas estão todos os dias no local e que nunca aconteceu nada parecido. “Eles vêm direto vender aqui mas hoje aconteceu isso infelizmente”, disse um vendedor que não quis se identificar.
De acordo com testemunhas, a confusão durou 30 minutos e começou quando um fiscal tentou tomar a mercadoria de um dos vendedores. Ao tentar impedir que os produtos fossem levados, os dois vendedores ambulantes entraram em conflito com os agentes da GCM. “Primeiro vieram três e depois vieram outros três. Aí eram três para segurar cada um. Foi total falta de preparo dos guardas”, disse uma pessoa que estava no local durante a discussão.

O caso foi levado para o 1º Distrito Policial de Taubaté. Os ambulantes foram ouvidos e liberados, mas a mercadoria ficou apreendida

OUTRO LADO
A Prefeitura de Taubaté informou que os dois vendedores ambulantes são de Caçapava. Em nota, a administração municipal disse que “a atuação dos fiscais de postura e da Guarda Municipal visou, única e exclusivamente, fazer cumprir a lei municipal que proíbe o comércio irregular de mercadorias na cidade”.
Ainda de acordo com a prefeitura, os guardas foram acionados para “para cumprir a ordem de apreensão, mas os dois ambulantes irregulares se mantiveram relutantes em cumprir a lei” e que os ambulantes “agrediram um guarda municipal com socos e tapas e usaram, inclusive, expressões verbais de cunho racista”.

A Secretaria de Segurança de Taubaté vai apurar o ocorrido e analisar todos os registros e gravações disponíveis para verificar se houve uso excessivo de força pela guarda. Caso seja identificado algum excesso, a prefeitura informou que serão tomadas medidas cabíveis.

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