Doria diz que 2022 ‘está longe’, nega conflito com Bolsonaro e discute com manifestantes no Vale: ‘Vagabundos’
Durante visita a Taubaté, governador nega ‘separação’ com o governo federal e diz que momento é de gestão; tucano adota tom árduo e acusa grupo de manifestantes de serem enviados pelo senador Major Olimpio (PSL): “Vai para casa,vagabundo!”
O governador João Doria (PSDB) negou uma ‘rixa’ com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), disse que ainda vê “muito longe” o processo eleitoral de 2022 e criticou manifestantes que se posicionaram contrários a ele durante evento na noite desta terça-feira na RMVale.
Em um evento do Estado em Taubaté, o governador afirmou aos jornalistas que não há nenhuma ‘separação’ com o governo federal, apesar de frequentes críticas nos últimos meses. Doria e Bolsonaro devem ser adversários nas próximas eleições presidenciais, em 2022.
“Da minha parte não houve separação, apenas tenho espírito de crítica, não sou obrigado a concordar com tudo. Mas aqui trabalhamos pelo Brasil e não queremos estabelecer nenhum tipo de confronto nem com o governo federal e nem com ninguém.”
“Temos que torcer pelo bem do Brasil e não pelo conflito. Conflito não é construtivo para ninguém e muito menos para antecipar processo eleitoral. O ano de 2022 está muito longe e agora não é hora de eleição, é hora de gestão”, completou o tucano.
No último sábado, Doria cancelou uma visita que faria ao Santuário Nacional de Aparecida, na missa das 9h. Já Bolsonaro apareceu na missa das 16h..
CRÍTICO.
Durante o evento desta quinta, o tucano fez um árduo discurso criticando manifestantes que levaram faixas de ‘João Pinocchio’ e gritavam ‘mentiroso’ durante a fala do governador. Apesar de se posicionar como apoiador de Bolsonaro, o grupo, que vestia camisetas do Movimento Conservador, foi acusado por Doria de serem enviados pelo senador Major Olímpio (PSL).
“O povo aqui não depende de mortadela ou do dinheiro do Major Olímpio. O pessoal de bem está aqui porque quer”, disse o governador, antes de pedir vaias para os manifestantes. “Vai para casa lamber a bota do Major Olímpio. […] Vocês adoram mamar na teta do governo”, afirmou Doria, que durante todo discurso não citou o nome de Bolsonaro e várias vezes chamou os manifestantes de vagabundos.
Fonte: O Vale