RMVale tem 9 cidades no ‘Top 20’ dos homicídios no interior de São Paulo

Cinco municípios estão entre os 10 com maior número absoluto de homicídios nas regiões paulistas em 2019 e mais quatro completam os 20 primeiros, de acordo com as estatísticas oficiais divulgados pela Secretaria de Segurança.

Mais violenta de São Paulo, a RMVale tem 9 das 20 cidades com o maior número absoluto de homicídios no interior paulista em 2019, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

A lista do ‘Top 20’ dos homicídios inclui São José, Caraguatatuba, Taubaté, Cruzeiro, Lorena, Pindamonhangaba, Jacareí, Ubatuba e Guaratinguetá.

Entre os meses de janeiro e maio, o Vale do Paraíba registrou 131 homicídios e ainda 7 latrocínios (casos de roubos seguidos de morte), com total de 138 vítimas de assassinato. Em maio, o Vale registrou 18 vítimas — o menor índice mensal desde maio de 2010.

Apesar da redução de 6,42% no índice de homicídio, comparado com os primeiros cinco meses de 2018 (foram 140 homicídios e 8 latrocínios), a região é a recordista nos dois quesitos — homicídio e latrocínio — no interior paulista.

Além disso, a RMVale possui a mais alta taxa de homicídio por 100 mil habitantes, com a taxa de 13,33 vítimas (nos últimos 12 meses). No estado, a média é de 6,83 vítimas.

“A grande maioria dos casos das pessoas que matam e das que são mortas na região é de pessoas com passagem por tráfico, roubo ou por homicídio anterior, na maioria”, disse o comandante da Polícia Militar na região, coronel José Eduardo Stanelis (ver texto nesta página).

RANKING.

A cidade de Campinas lidera o ranking de homicídios, com 59 vítimas em 2019, de janeiro a maio, tendo depois Ribeirão Preto (21) e Sorocaba (17).

São José e Caraguatatuba, as duas com 15 homicídios, dividem a quarta colocação, com Taubaté em sexto (13), juntamente com a Praia Grande.

Caraguá passou de 8 para 15 vítimas na comparação com o mesmo período de 2018 — um aumento de 87,5%. Já São José, teve queda de 31,8% (caiu de 22 para 15 vítimas). Taubaté manteve o mesmo índice.

Na oitava colocação dividida estão Cruzeiro, Lorena e Araçatuba, todas com 12 vítimas, seguidas por Jacareí, com 11 e na 11ª posição, com o mesmo índice de São José do Rio Preto e Piracicaba.

Jundiaí está depois, com 10 vítimas no 14º lugar. Pindamonhangaba, com 9 homicídios ao lado de Rio Claro, ocupa a 15ª posição, à frente das cidades de Guaratinguetá, Ubatuba, Sumaré e Marília, com 8 vítimas cada uma delas e dividindo a 17ª posição no interior.

REGIÃO.

No ranking do interior paulista, atrás do Vale, está a região de Campinas (115 vítimas de homicídio), seguida por Ribeirão Preto (95), Sorocaba e Piracicaba (76 cada), Baixada Santista (63), Bauru e São José do Rio Preto (33), Araçatuba (25) e Presidente Prudente (20).

“Manter [o patamar de maio] é difícil, o que importa é ter menos homicídios do que no ano passado”, disse o diretor da Polícia Civil no Vale, Célio José da Silva.

A RMVale lidera a violência em São Paulo desde 2010.

“Quem morre não é o cidadão trabalhador”

“Tivemos redução nos homicídios e em outros crimes. Mas a nossa região é problemática. Homicídio não é questão de polícia. A polícia só lida com as consequências, e não as causas. Para acabar com homicídio tem que mexer nas causas, a sociedade tem que mexer nas causas. Estava analisando os boletins de ocorrência de janeiro e até agora. A grande maioria dos casos das pessoas que matam e das que são mortas na região é de pessoas com passagem por tráfico, roubo ou por homicídio anterior, na maioria. Em alguns casos há passagem por violência doméstica, receptação ou por furto. Até os menores de idade que cometem atos infracionais estão relacionados a essas atividades criminosas. De alguma maneira, essas pessoas estão em contato com a violência. Quem está morrendo não é o cidadão que sai para ir à escola ou para trabalhar”

José Eduardo Stanelis, Comandante da PM na RMVale

Macaque in the trees

Fonte: O Vale

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