Criminosos miram armas e munições em furto a bancos

Segundo levantamento da PM, de 2016 até este mês, foram furtadas 102 armas, 29 coletes à prova de balas e 662 munições de agências da região. Equipamentos pertencem aos vigilantes e são guardados pelos estabelecimentos.

Agências bancárias do Vale do Paraíba são alvo de criminosos que miram os armamentos, munições e coletes à prova de balas dos seguranças e vigilantes.

Um levantamento da PM apontou que, desde 2016 foram furtadas 102 armas, 29 coletes à prova de balas e 662 munições. Os furtos ocorrem quando as agências estão fechadas.

De janeiro deste ano até agora, 14 armas já foram levadas pelos criminosos. O número já é quase ao total de furtos de 2018, quando 18 armas foram alvo dos criminosos. Desde que a PM começou a contabilizar os dados, o ano com maior registro de furto de armamentos foi 2017, com 43 armas furtadas por assaltantes.

O último caso de furto na região aconteceu há dez dias em Jacareí, quando três armas foram levadas de uma agência na região central da cidade.

São José dos Campos é a cidade onde aconteceu a maioria dos furtos. Nos últimos três anos e meio, também foram registrados furtos de armamento em bancos em Caçapava, Caraguatatuba, Queluz, Taubaté, Pindamonhangaba, Santa Branca, Lorena, Cachoeira Paulista, Aparecida, Piquete, Guaratinguetá, Lagoinha e São Sebastião.

AVALIAÇÃO
Para o coronel Eduardo Stanelis, comandante da PM no Vale do Paraíba, o sistema de segurança dos bancos é precário e precisa receber mais atenção.

“Alguns criminosos perceberam a fragilidade desse sistema e têm invadido agencias bancárias não para levar o dinheiro do cofre principal, que tem bastante segurança, mas para levar armas, munições e coletes”, afirmou.

Segundo ele, esse armamento acaba sendo usado depois em ações criminosas. “Armamentos como esse foram apreendidos inclusive em troca de tiros contra a PM. Os bancos precisam se conscientizar porque esses armamentos podem ser usados inclusive contra os clientes do próprio banco”, analisou.

O QUE DIZEM OS BANCOS
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as instituições financeiras do país investem cerca de R$ 9 bilhões em segurança todos os anos, o triplo do que era investido mais de dez anos atrás, e desenvolvem ações em cooperação com as autoridades. O sucesso na repressão a esse tipo de crime têm feito o número de ocorrências cair ano a ano.

Ainda segundo a federação, os bancos também cumprem uma lei que estabelece uma série de procedimentos nas agências bancárias, inclusive em relação ao armazenamento de armas, coletes e munições.

“Por essa legislação, as agências e postos de atendimento são obrigados a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar. Aprovado o plano, são instalados todos os equipamentos de segurança e mobiliário da agência, como os caixas, os caixas eletrônicos, o posicionamento das câmeras de segurança, dos vigilantes, as portas de segurança, a depender do caso”, disse.

(G1)

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