Jacareí: Recreador é condenado a 50 anos de prisão por abuso de crianças em evento de igreja

Ele foi condenado por estupro de vulnerável e por molestar os meninos em festa de igreja evangélica em Jacareí (SP). Foram cinco vítimas. Defesa do réu diz que vai recorrer.

Um homem foi condenado a 50 anos de prisão por abusar sexualmente de crianças em Jacareí (SP). O crime veio à tona em setembro do ano passado, depois que um pastor de um templo evangélico, denunciou que os atos ocorreram em um evento recreativo promovido pela igreja.

Ele já estava preso desde a época do crime aguardando julgamento.
A decisão, do juiz Marcos Augusto Barbosa dos Reis, da 1ª Vara Criminal, foi publicada na quinta-feira (6). A defesa do réu informou que vai recorrer. (leia abaixo).

O homem foi condenado por estupro de vulnerável – que é a prática de ato libidinoso com menor de 14 anos. As vítimas são quatro meninos.

A quinta condenação, que adicionou 15 dias à pena, foi por molestar um dos garotos – neste caso não foi comprovado o estupro.

O réu, que frequentava a igreja, atuou como recreador no evento promovido pela igreja Templo Batista Bíblico. A desconfiança sobre a atitude do homem foi levantada por uma psicóloga e levado à polícia pelo pastor Jefferson Pires.

Um vídeo que foi gravado no evento ajudou a investigação da polícia. Na época da queixa, o Classe Líder teve acesso, mas optou por não publicar por causa do conteúdo considerado forte. A imagem mostra o homem tocando as partes íntimas de um dos meninos, bem próximo a um local onde outras crianças brincavam.

Em cada uma das quatro condenações por estupro de vulnerável, as penas variaram de 12 a 14 anos de reclusão em regime fechado. Já para condenação por molestar um dos meninos, a pena imposta foi de 15 dias de reclusão.
Quando foi preso, à polícia, em depoimento, o homem confessou ter cometido os crimes.

O pastor que denunciou o crime à polícia foi procurado, mas informou que está em viagem em outro estado e prefere se manifestar por meio de um representante judicial. A reportagem tenta contato com o defensor.

DEFESA
O advogado Cristiano Joukhdar, que representa o réu, disse que vai recorrer da sentença no Tribunal de Justiça (TJ-SP).

“A quase totalidade das supostas vítimas apontadas no inicio da investigação alegaram inexistir qualquer abuso e o laudo psicológico [ a que foram submetidas] deixou dúvidas sobre a existência de vestígio ou evidência psicológica do alegado abuso”, diz o defensor em trecho da nota enviada á reportagem. O advogado disse também que uma ‘histeria coletiva’ contaminou o processo.

Apesar da condenação a 50 anos de prisão, a pena máxima para encarceramento no Brasil é de 30 anos.

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