Megaoperação é nova arma para combater a violência na RMVale

Forças de segurança pública articulam ação integrada para deflagrar
ofensiva contra a criminalidade em toda a região, a mais violenta de São Paulo. No primeiro bimestre do ano foram registrados 55 assassinatos na área

‘Capital’ da violência no estado de São Paulo, o Vale do Paraíba vai ser alvo de uma operação coordenada das forças de segurança pública a partir do mês de abril, com objetivo de intensificar o combate aos crimes considerados mais violentos – principalmente homicídios e latrocínios.
A ofensiva, que vai ser executada em todo a área da RMVale, vai ter como destaque uma megaoperação com policiais militares, civis, rodoviários, federais, guardas e órgãos fiscalizadores, como o Detran.
A meta será captura de criminosos, além de combate contra desmanches e o tráfico de drogas, entre outros delitos. Os núcleos de inteligência das forças de segurança prometem estreitar a troca de dados.
“O Estado já dispõe de muitos recursos, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal. Mas essas polícias não se integram e não se falam. A polícia custa caro. A melhor forma de combater a criminalidade é integrar essas polícias”, declarou a OVALE o comandante da PM na área, o coronel José Eduardo Stanelis de Aquino, no posto desde o início deste mês.

HOMICÍDIOS.
Desde 2010, de acordo com os dados do Estado, a RMVale possui a mais alta taxa de homicídios de São Paulo.
Novos dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública nesta quarta-feira revelam que o Vale teve 53 homicídios e dois latrocínios no primeiro bimestre (total de 55 assassinatos) — no mesmo período em 2018, foram 57 vítimas (54 homicídios e três latrocínios).
Apesar da queda de 18,5% nos homicídios, a RMVale mantém a ponta como a recordista no número de vítimas no interior (veja quadro nesta página) e tem a maior taxa de assassinato por 100 mil habitante, batendo inclusive a capital e também a Grande São Paulo.
A taxa atual é de 13,65 vítimas por 100 mi habitantes no Vale — no período de março de 2018 até fevereiro de 2019. A média no estado é 6,96 vítimas/ 100 mil e na capital de 5,93.
Número de vítimas tem queda de 64,2% em São José; Taubaté e Jacareí têm alta
No primeiro bimestre, o número de assassinatos em São José caiu 64,2% (caindo de 12 homicídios e 2 latrocínios nos dois primeiros meses de 2018 para 5 homicídios em janeiro e fevereiro de 2019).
Taubaté teve aumento no número — foi de 3 homicídios para seis, além de um latrocínio. Em Jacareí a alta foi de 2 homicídios para 5, também na comparação do primeiro bimestre de 2018 e de 2019.
Guaratinguetá teve redução (de 5 para 3 vítimas), assim como Lorena (de 5 para 3). Pindamonhangaba teve aumento (1 para 5), assim como Caraguatatuba (de 2 para 4) e Cruzeiro (de 3 para 6). “Normalmente, esses homicídios são produzidos por tráfico de drogas, brigas domésticas e em bares”, disse Stanelis.

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