Polícia fecha canil clandestino e resgata 143 cães no litoral de SP

A Polícia Civil fechou um canil clandestino e resgatou 143 cães nesta quarta-feira (19) em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. De acordo com a polícia, os animais foram encontrados em ambiente insalubre e, segundo um veterinário que atuou no resgate, parte deles está doente. Os cachorros foram levados para uma ONG que atua na proteção de animais.

De acordo com a Polícia Ambiental, a investigação começou após uma denúncia de maus-tratos. Durante a apuração, os policiais descobriram que os donos do imóvel tinham licença para operar um canil, mas em outro endereço, onde não havia estrutura instalada. Os cães resgatados estavam em uma casa no bairro Arrastão.

Com mandado de busca e apreensão, os policiais foram até o local e encontraram os animais em condições consideradas precárias – havia sujeira no local. Um veterinário atestou que parte dos animais têm tumores e sarna.

No local, os policiais também encontraram medicamentos e aparelhos de cirurgia veterinária sem registro, descarte hospitalar animal irregular, carimbos com nomes e CRV de veterinários.

O casal de proprietários da casa não estava e uma empregada e pedreiros informaram que eles estavam viajando.

Os animais foram resgatados e levados para o Instituto Luiza Mell em Ribeirão Pires (SP). Eles passarão por consulta veterinária para avaliar, individualmente e detalhadamente, o estado de saúde.

“A gente acredita que eles vendiam o cachorro pelas redes sociais. Quando chegamos estava muito calor e eles estavam sem água. Praticamente todos estão com alguma doença, vamos tratá-los e depois castrar”, afirmou a ativista Luísa Mell, que coordena a ONG. Assim que a guarda dos animais for regularidade, ela informou que tem a intenção de doar os cães, que são das raças spitz alemão, buldogue francês e pastor.

A Polícia Ambiental informou que os donos serão multado em R$ 858 mil por maus-tratos. Após a avaliação veterinária, a multa pode aumentar, caso algum animal precise ser sacrificado.

Até a publicação dessa reportagem, a ocorrência estava sendo registrada na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e ainda não tinha a relação de crimes pelos quais o casal deve responder. Eles não haviam sido localizados até a publicação desta reportagem.

Fonte: G1 – Vale do Paraíba e Região
Foto: Divulgação/Polícia Ambiental

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