Campos do Jordão vai gastar mais de R$ 1,7 milhão em sede para órgãos municipais

A Câmara de Campos do Jordão aprovou a compra de um imóvel de R$ 1,7 milhão pela prefeitura. O local é uma agência bancária desativada e o projeto é que seja usado para órgãos municipais. O terreno fazia parte da lista de bens municipais até a década de 60, quando foi doado. A compra deve ser formalizada até o fim do ano.

O imóvel fica na Abernéssia, na região central da cidade. Ele funcionava como uma agência da Caixa, a quem foi doado o terreno, depois entregue ao Banco do Brasil e agora fechada. A gestão quer comprar o imóvel para instalar um modelo de ‘Poupatempo Municipal’ unindo vários serviços administrativos.

De acordo com a justificativa do prefeito no texto do projeto, Fred Guidone (PSDB), a compra reduziria o gasto com o aluguel dos órgãos e pastas que devem ir para o prédio, que antes ficavam em espaços separados.

O projeto foi aprovado na sessão desta segunda-feira (10) com dois votos contrários, sendo um deles do vereador Ricardo Malaquias (PR). Ele afirma que a compra não é ilegal, mas imoral, já que o terreno foi doado pela prefeitura e agora, em desuso, deveria tentar reaver o imóvel, além de achar um alto investimento.

“Era bem municipal e foi cedido para ter um serviço para a população. Agora que ele não tem mais utilidade, a prefeitura deveria tentar reaver e não pagar. Além disso, há um terreno próximo a área que a prefeitura quer comprar e que já a pertence, é possível construir no local com menos investimento”, alegou.

A área citada pelo vereador é um terreno com área de cerca de 18 mil metros na Vila Paulista. Ela foi devolvida recentemente e no local a administração pretende criar um complexo educacional, com escola, creche, arquivo municipal e quadras.

Segundo a administração, o local foi devolvido à prefeitura por ordem judicial em outubro deste ano e que precisaria de diversas intervenções para que fosse usado.

A prefeitura alega que o valor a ser pago pela antiga agência é abaixo do valor cobrado no mercado. No texto do projeto, apresentou três orçamentos que avaliaram o imóvel com preços que variam até R$ 700 mil do proposto pela gestão.

A administração afirmou ainda que com a aquisição do prédio deixará de gastar R$ 72 mil por ano com o aluguel de imóvel para abrigar serviços de aministração e finanças e de informações ao consumidor.

Fonte: G1 – Vale do Paraíba e Região
Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos do Jordão

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