Após Aparecida, Cruzeiro e Lorena, Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, tem lotação e falta de sedativos; atendimento é suspenso
Após Aparecida, Cruzeiro e Lorena registrarem lotação em hospitais que tratam de pacientes no enfrentamento da Covid-19, o Hospital Frei Galvão informou nessa segunda-feira (29) a suspensão dos atendimentos relativos ao vírus em função da lotação dos leitos e da escassez de medicamentos sedativos para o tratamento em Guaratinguetá.
De acordo com a unidade, os atendimentos não sintomáticos nas especialidades de ginecologia e obstetrícia, pediatria, clínica médica e ortopedia continuam, por enquanto. Ainda não há uma previsão para quando os atendimentos que foram paralisados irão retornar.
“Ressaltamos que esta é uma medida de extrema contingência que visa assegurara a assistência aos pacientes já internados”, diz nota. “Nos solidarizamos com a preocupação de todos e garantimos que estamos trabalhando de forma incansável para reestabelecer os atendimentos. Contamos com toda a população para fazer a sua parte ficando em casa”, continua o texto.
VALE HISTÓRICO
A alta nas internações registrada em municípios do Vale Histórico reforça o pleito de prefeitos da região para a instalação de um novo Hospital Regional para comportar o volume de atendimentos.
Em entrevista a OVALE, o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, responsável pela atenção à região, não garantiu a construção nesse momento.
“É uma demanda para o futuro. Em Lorena há uma bela AME [Ambulatório Médico de especialidades], a Santa Casa de Cruzeiro acabou de receber um reforço e está atendendo toda a região com muita qualidade. Guaratinguetá tem uma boa estrutura. A questão desse Hospital Regional tem que ser vista com a Secretaria da Saúde fora desse contexto, é outra demanda. Não é a do momento. Temos que garantir que toda a estrutura hospitalar funcione com excelência”, disse.
INDICADORES
Em Cruzeiro, a Santa Casa chegou a 100% de ocupação dos leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) ainda na noite de sábado (27). A entidade atua como referência para o Vale Histórico, mas não conta com mais vagas para internação.
Em Lorena, a ocupação na Santa Casa e na Unimed, hospital privado do município, já atinge 120%. O cenário também é difícil em Aparecida, onde há 46 pessoas internadas para 20 leitos.
Fonte: OVALE