‘ERAM AMIGAS, IAM PARA ESCOLA JUNTAS TODO DIA’, DIZ MÃE SOBRE MENINA MORTA PELA COLEGA
Ana Lívia, de 13 anos, e a garota de 12 anos que tirou sua vida nesta terça-feira (27), em Taubaté, eram “inseparáveis”. A mãe de Lívia, Jéssica Higino, afirma que as duas eram amigas e que iam para a escola juntas diariamente.
O caso aconteceu na manhã desta terça, no bairro Jardim Paulista. A menina de 12 anos confessou para a polícia que atirou contra a nuca de Ana Lívia antes de ir para escola — ela disse que a arma pertencia a um familiar. A Polícia Civil de Taubaté investiga o caso para esclarecer como a criança teve acesso a arma de fogo usada para cometer o crime.
No dia do crime, Lívia ligou para avisar à mãe que sua amiga iria mais cedo para sua casa. Esse procedimento era rotineiro, já que Lívia, a menina de 12 anos e outra amiga iam juntas para a escola de carona com a mãe dessa colega de escola.
Algumas horas depois, a mãe que levaria as garotas à escola ligou para Jéssica, avisando que Ana Lívia não havia aparecido e que a menina de 12 anos, que matou Ana Lívia, havia mandado uma mensagem dizendo que havia voltado para casa para buscar um tênis.
Jéssica voltou para casa por volta das 13h. Lá encontrou Ana Lívia no quarto, deitada de bruços, em cima de um criado mudo. “Ela recebeu um tiro na nuca e caiu em cima do móvel”, explica a mãe. Ela diz que a atiradora teria abraçado a filha e feito o disparo.
“Ela estava pronta para ir para escola, toda arrumada, de óculos e de uniforme”, conta Jéssica. A menina que fez o disparo foi à escola normalmente depois do crime e foi apreendida horas depois, quando confessou o caso e foi levada à Fundação Casa de São José dos Campos.
CIÚMES
De acordo com a mãe da vítima, ela e a atiradora eram amigas e haviam tido uma discussão por ciúmes de outra colega. A atiradora teria dito que Ana Lívia teria “roubado” sua amiga. “Eu conversei com a Ana Lívia sobre o que havia acontecido e orientei ela a pedir desculpas”, explica.
“Foi uma desentendimento normal, coisa de criança. Principalmente na idade delas”, completou. Segundo ela, a briga teria acontecido há algumas semanas, mas as amigas já estariam bem.
Segundo Jéssica, a menina frequentava a casa onde Ana Lívia morava com a mãe e o irmão de 4 meses. “Tomávamos café algumas vezes, era tudo normal. Nunca imaginava que isso pudesse acontecer”, finaliza. Jéssica ainda conta que orientou a filha a pedir desculpas por elas serem muito próximas. “Que eu saiba, Ana Lívia e a outra amiga eram as únicas que andavam com ela”, disse.
