Cruzeirense é confundida com acusada de homicídio e fica presa dois dias

A diarista Natalia Lucia Xavier Carrera, de 35 anos, comemorava o aniversário com a família na noite do último sábado (11), quando às 22h, a polícia bateu no portão. Eles não imaginavam que ela estava sendo acusada por um homicídio em Cruzeiro, no mês passado.
Em entrevista para OVALE, Natalia comentou que ficou dois dias presa sem entender o que estava acontecendo. Depois desse período a Polícia Civil informou à Justiça de que se tratava de um equívoco.
“Meu filho de 13 anos foi atender o portão e correu desesperado falando que a polícia queria me levar. Estava meu marido, minha mãe e meus outros dois filhos comemorando o meu aniversário. Os policiais perguntaram meu nome e já me algemaram nos pés e nas mãos sem falar nada. Foi desesperador”.
Natália foi presa em Cruzeiro e, no domingo, foi levada para Guaratinguetá para audiência de custódia no Fórum. Quando teve o primeiro contato com o advogado, perceberam que se tratava de um engano por meio do inquérito policial, pois quem estava sendo procurada era uma outra mulher com o mesmo nome e que morava no mesmo bairro.
“Até domingo de manhã, quando foi a audiência de custódia, ninguém me explicou nada sobre o que estava acontecendo. Quando falaram sobre o caso que assimilei com a mulher que morava no bairro”, acrescentou Natália.

CRIME EM CRUZEIRO
O crime que ela foi acusada ocorreu na madrugada do dia 25 de maio, no centro de Cruzeiro. Três jovens assassinaram um homem de 44 anos por espancamento. Câmeras do COI identificaram uma mulher junto ao grupo de jovens, chutando e pisando na cabeça do homem.
O advogado da vítima, Juliano Simões Machado, informou que deve entrar com ação de reparação por danos morais e eventuais danos materiais, e que avalia também, “uma apuração sobre a conduta dos agentes públicos pela falha do setor de investigações”.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, informou por nota, que “A Polícia Civil de Cruzeiro lamenta o ocorrido e realiza apuração para analisar eventuais responsabilidades pelos fatos. Ao verificar o erro, a autoridade policial, de pronto, representou pela revogação da prisão preventiva”.

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