“Eles tratam a gente de forma mal educada e grotesca”, diz morador que será despejado do Batedor
“Muitos moradores aqui possuem em suas casas animais, como porco, galinha, e a partir do dia 18 agora, para onde os moradores vão estar levando os animais?”. Moradores estão preocupados com o que vai acontecer a partir da próxima segunda-feira (18).
“Eles tratam a gente de forma mal educada e grotesca, e dizem pra gente que a gente não é parte”; “Muitos moradores aqui possuem em suas casas animais, como porco, galinha, e a partir do dia 18 agora, para onde os moradores vão estar levando os animais?”. Estas são falas de um morador que será despejado.
Na última quinta-feira (9), a equipe da RC Vale foi até o bairro Batedor em Cruzeiro para conferir a situação dos moradores que vão ser despejados de suas moradias na próxima segunda-feira (18). O repórter Cesar Rozas conversou com os residentes da região sobre como eles estão lidando com isso, e qual o posicionamento deles quanto a atitude da prefeitura.
Ana Paula, uma das residentes do bairro, está indignada com despejo e a demolição das casas. “Eu não quero ver, sabe, eles virem demolir minha casa, sabendo que meu esposo fez com tanto sacrifício. Tá certo que não é o canto mais chique do mundo, mas é um canto que é nosso.” Para ela, a situação é triste e preocupa.
Além disso, Ana Paula também fala sobre a situação das crianças, que estão adaptadas as escolas do bairro, e terão que procurar um novo lugar para estudar. “Não só eu, como outras mães também ficam pensando no futuro dos nossos filhos daqui pra frente.” Segundo ela, a adaptação das crianças a um novo espaço não será fácil.
Já Lúcia, uma das moradoras mais antigas da região, fala sobre a mudança de realidade repentina após esse despejo. “É muito chocante. Porque o meu pai veio para cá com 4 anos, então no meu certidão de nascimento já constata que eu nasci aqui no batedor. Eu estou com 58 anos, e vivo de horta e das lavouras aqui. A prefeitura propondo esse aluguel social, ela vai pagar esse aluguel por seis meses, e do que a gente vai comer, e do que a gente vai viver?”, sobre o que irá acontecer depois de seis meses.
A situação é triste e incompreensível para todos os residentes do Batedor, e como dito por esses moradores, o futuro a partir daqui é cada vez mais incerto para eles.
Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, e até o fechamento dessa matéria, não tivemos resposta.
Fonte: RC Vale