Maquinário pesado é levado de teleférico para mata fechada onde será erguido viaduto na Tamoios

Transporte de tratores, retroescavadeiras e perfuratrizes pelo ‘céu’ evitou a supressão de Mata Atlântica preservada em Caraguá. Viaduto terá mais de 300 metros de extensão.

O teleférico de carga, que opera o transporte de maquinário pesado para a obra de duplicação da serra da rodovia dos Tamoios (SP-99), começou a levar tratores, retroescavadeiras, perfuratrizes e material de construção para a área de mata fechada, no ponto onde um viaduto de mais de 300 metros de extensão e 21 metros de altura vai ser erguido em um desfiladeiro em Caraguá.

De acordo com a Concessionária Tamoios, responsável pelo empreendimento, o transporte começou no último dia 10. Durante a obra, o veículo vai transportar também trabalhadores e retirar rochas escavadas do local.

A montagem do equipamento, chamado ‘cable crane’ levou cinco meses e suporta peso de até 20 toneladas. O teleférico, cujo modelo é inédito em obras no Brasil, será usado até maio de 2020. O viaduto, no km 72,8, será entregue no 2º semestre.

O teleférico foi feito para evitar a construção de uma estrada de serviço – por terra seria necessário desmatar cerca de 41 mil metros quadrados, o equivalente a supressão de cinco campos de futebol de Mata Atlântica. O local é área de preservação ambiental.

O equipamento começou a ser construído em setembro do ano passado e a construção dele contou com o apoio de helicópteros – as torres içadas sobre as montanhas da serra têm 42 metros e 35 metros, respectivamente e, toda estrutura do teleférico pesa 165 toneladas.

TRABALHADORES
Os trabalhadores que vão atuar no canteiro de obras do viaduto vão ser levados ao local em gôndolas, que são cabines acopladas ao cabo do teleférico. O trajeto será feito em 1 minuto e meio.

A duplicação da Tamoios, no trecho de serra, começou em dezembro de 2015 e termina no ano que vem. A pista atual será exclusiva para a descida e, a nova pista, para a subida da serra.

(G1 Vale do Paraíba)

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