Cesta básica sobe nas quatro cidades pesquisadas em 2018, diz Nupes
A cesta básica aumentou nas quatro cidades pesquisadas no ano passado, segundo levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Universidade de Taubaté divulgado na noite de quarta (9). O aumento médio na região, em 2018, foi de 3,66% em relação ao ano anterior. Em 2017, a cesta básica fechou o ano com recuo de 0,77%.
Os aumentos mais expressivos nos últimos 12 meses foram encontrados em Taubaté (+ 4,38%) e Campos do Jordão (+ 3,95%). A pesquisa também é feita em São José dos Campos e Caçapava.
O aumento médio de 3,66% na região é equivalente à projeção das instituições financeiras para a inflação em 2018, de 3,69%. O índice oficial ainda vai ser divulgado pelo IBGE.
Apesar dos maiores aumentos terem sido encontrados em 2018 em Taubaté e Campos do Jordão, foi em São José dos Campos que o Nupes encontrou a cesta básica mais cara em dezembro – R$ 1.579,85.
Foram, ao todo, sete meses com aumentos nos preços e cinco com recuo. O maior aumento foi em junho (+1,94%), como reflexo do desabastecimento de produtos provocado pela greve dos caminhoneiros – a mobilização em todo país durou mais de 10 dias.
Após o fim da paralisação, os preços caíram, retomando os valores anteriores à greve, e provocaram o maior recuo da cesta básica no ano – queda de 2,90% em julho.
Vilões
Os ‘vilões’ do aumento em 2018 foram o tomate e a cebola. Laranja e macarrão também sofreram reajustes superiores a 20% no comparativo com dezembro de 2017.
O tomate, segundo o Nupes, subiu mais que os demais produtos da cesta por causa da redução da oferta. “Em 2018 ocorreu redução na área plantada do produto em 10,7% na primeira safra do ano e de 14,0% na segunda safra”, diz relatório do Nupes.
A cebola, também segundo o núcleo, teve o preço alterado durante o ano por causa na queda das importações e das variações na produção nacional.
No caso da laranja, a alta foi reflexo no boom de importação de suco de laranja, por aumento na demanda internacional. A oferta do produto caiu no mercado interno e elevou os preços.
A principal justificativa para o aumento do macarrão foi o aumento no custo do trigo e da energia elétrica. Esses dois fatores podem ter contribuído para o aumento nos preços.