PROFESSORES DOS INSTITUTOS FEDERAIS DO VALE E REGIÃO DECIDEM ENCERRAR GREVE QUE JÁ DURAVA 2 MESES

Professores dos institutos federais decidiram encerrar a greve em todo o país. A categoria aceitou no último sábado (22) uma proposta de reajuste do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e decidiram suspender a paralisação, que já tinha mais de dois meses.
Os cinco institutos federais do Vale do Paraíba e região estavam em greve desde abril. Veja abaixo as unidades e as datas de início da paralisação:

• São José dos Campos – entrou em greve no dia 3 de abril
• Jacareí – entrou em greve no dia 4 de abril
• Bragança Paulista – entrou em greve no dia 8 de abril
• Caraguatatuba – entrou em greve no dia 19 de abril
• Campos do Jordão – entrou em greve no dia 24 de abril

De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), apenas a unidade de São José dos Campos não concordou com o acordo com o governo.
Apesar disso, como a definição é estadual, a unidade deve discutir o retorno das atividades e seguir com o fim da greve, assim como todos os outros institutos.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o comando nacional da greve decidiu encerrar as paralisações a partir de quarta-feira (26), quando a entidade vai assinar um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação.
As paralisações devem ser completamente finalizadas até o dia 3 de julho e o retorno das aulas vai depender da decisão interna de cada unidade.
As aulas no Instituto Federal de Jacareí, por exemplo, volta já nesta segunda-feira (24), mas as atividades administrativas continuam paralisadas até que haja a assinatura do acordo.
A greve nacional envolveu professores e funcionários técnico-administrativos. Entre as pautas reivindicadas estão a reestruturação da carreira dos servidores e mais investimentos para as instituições.
Na região, a principal reivindicação era a recomposição salarial de 34,32% para os técnico-administrativos e 22,71% para os professores.
O fim da greve acontece após a maioria dos servidores votar a favor da proposta de reajuste enviada pelo Governo Federal no começo de junho.
Essa proposta prevê reajustes em 2025 e 2026, com percentuais diferentes para cada classe profissional, além da revogação de uma portaria, editada em 2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos professores.
A categoria dos técnicos-administrativos ligados às universidades federais ainda não aceitou o acordo com o governo, então ainda não devem voltar ao trabalho.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) ainda deve se reunir para reavaliar as estratégias em relação à categoria.