NÚMERO DE CASOS DE DENGUE NO VALE DO PARAIBA E REGIÃO EM 2024 JÁ É 15 VEZES MAIOR QUE O REGISTRADO NO INÍCIO DO ANO PASSADO
O número de casos de dengue nas 46 cidades que fazem parte do Vale do Paraíba, Litoral Norte de SP e região bragantina já é 15 vezes maior em 2024 do que no mesmo período do ano passado.
O levantamento feito pelo g1 na quarta-feira (28), com base nos dados da Secretaria Estadual de Saúde, mostra que foram registrados 19.177 casos de dengue na região entre o dia 1º de janeiro e 28 de fevereiro deste ano, contra 1.262 casos confirmados no mesmo período do ano passado.
Dos 19.177 casos confirmados em 2024, 18.760 foram classificados como quadro de dengue comum, 382 como dengue em sinal de alarme e 35 como dengue em quadro grave de saúde.
Ao menos cinco pessoas morreram em decorrência da doença na região, segundo o levantamento do governo estadual. Já pelo levantamento das prefeituras, os óbitos por dengue chegam a sete casos na região, sendo: 2 em Pindamonhangaba, 2 em Taubaté, 1 em Tremembé, 1 em Bragança Paulista e 1 em Jacareí.
Atualmente, outros 17 óbitos estão em investigação para identificar se há relação com a dengue. Além disso, cerca de 14,6 mil pacientes estão com suspeita de dengue, aguardando exames laboratoriais.
Segundo o Painel de Monitoramento da Dengue, os cinco principais sintomas da doença apresentados por pacientes diagnosticados com dengue na região são:
1 – Febre – 79% dos pacientes tiveram
2 – Dor no corpo – 75% dos pacientes tiveram
3 – Dor de cabeça – 74% dos pacientes tiveram
4 – Náusea – 35% dos pacientes tiveram
5 – Dor nas costas – 22% dos pacientes tiveram
TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico – não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para a doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:
• Repouso relativo, enquanto durar a febre;
• Estímulo à ingestão de líquidos;
• Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
• Não administração de ácido acetilsalicílico;
Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
“Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado”, alerta o Ministério da Saúde.