HOMEM QUE SE PASSAVA POR MENINA PARA OBTER IMAGENS DE PORNOGRAFIA INFANTIL É ALVO DE OPERAÇÃO DA PF EM JACAREÍ

Um homem de 29 anos foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na manhã da terça-feira (6), contra o compartilhamento de imagens de abuso sexual infanto juvenil, em Jacareí (SP).
Segundo a Polícia Federal, as investigações apontaram que o homem se passava por uma menina menor de idade em um perfil falso nas redes sociais. A PF afirma que a estratégia dele era trocar mensagens com crianças e adolescentes para conseguir fotos íntimas.
Após receber as imagens, ele extorquia as vítimas para conseguir mais fotos e vídeos, sob ameaça de divulgar as mídias na internet.
O suspeito já havia sido preso em flagrante pela PF por conta do mesmo crime, em maio de 2023, mas foi solto e voltou a cometê-lo. Por conta disso, foi alvo novamente da operação.
“As investigações prosseguem. Esse suspeito já havia sido preso em flagrante pela Polícia Federal, em maio de 2023. Foi alvo de mandado de busca e apreensão onde foram apreendidos celulares, novos dispositivos eletrônicos, que serão analisados para que as investigações possam prosseguir”, explica o delegado Ivo Costa.
O suspeito mora no bairro Jardim Mesquita. O mandado de busca e apreensão foi cumprido após ser expedido pela 3ª Vara Federal de São José dos Campos.
Ele permanece em liberdade, mas responderá criminalmente por compartilhar na internet vídeos e fotos que contenham cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo menores de idade.
Caso seja condenado, o homem pode receber pena de até 16 anos de prisão.

AUMENTO NO NÚMERO DE DENÚNCIAS
Central nacional de denúncias na internet, a Safernet divulgou na terça-feira (6) o balanço da quantidade de denúncias de abuso e exploração sexual infantil em 2023.
Foram 101.313 denúncias, o maior número já registrado pela plataforma que faz esse levantamento desde 2006. Esse número representa a quantidade de links com imagens ou vídeos de sexo ou nudez envolvendo menores de idade.
Há um crescimento maior a partir de 2020 e, de 2022 para 2023 esse número disparou, um crescimento de 48%.
Outro fator que chama atenção é que, segundo a Safernet, 70% dos casos são de novas denúncias, ou seja, links não repetidos, que se juntam a denúncias já feitas.
É o maior registro desse tipo desde 2008, quando houve um acordo do Ministério Público Federal com uma rede social para tentar coibir esse tipo de crime.
Toda denúncia feita na Safernet é encaminhada ao Ministério Público Federal para análise e investigação. Ela serve como base para diversas operações, como a que aconteceu em Jacareí.

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