PAI DE CRIANÇA AUTISTA DENUNCIA AGRESSÃO AO FILHO EM ESCOLA PARTICULAR EM TAUBATÉ

Criança tem quatro anos e autismo considerado moderado. De acordo com o pai, as agressões aconteceram na segunda-feira (16). Boletim de ocorrência foi registrado.

O pai de uma criança autista de quatro anos denunciou à Polícia Civil que o filho foi agredido por uma auxiliar de uma escola particular de Taubaté. O caso aconteceu na segunda-feira (16).

Um boletim de ocorrência (BO) foi registrado como lesão corporal por Rafael de Faria Campos, pai da vítima. Segundo o registro da ocorrência, a autora da agressão tem 35 anos e é funcionária do educandário Madre Paulina, que fica no Centro da cidade.
O BO afirma que as agressões provocaram lesões nos braços da criança e foram registradas por câmeras de segurança da própria unidade escolar (leia mais abaixo). As imagens foram encaminhadas à polícia e devem ajudar na investigação.

Acionada pela reportagem, a escola lamentou o ocorrido e disse que trata-se de um caso isolado, já que não há histórico parecido. Além disso, o educandário informou que colabora com as investigações e que a profissional foi afastada.

Veja nota na íntegra:
“A Escola Educandário Madre Paulina lamenta profundamente o ocorrido, esclarecendo que trata-se de um fato isolado, ou seja, não há histórico de situação semelhante, até porque todos os profissionais são devidamente treinados e orientados para que a atuação seja voltada para o acolhimento, zelo, bem estar, saúde e segurança de todos os alunos.
Esclarecemos ainda que a profissional em questão já foi imediata e devidamente afastada, tendo a Escola iniciado uma detalhada investigação do caso e oferecido total suporte aos familiares, colocando-se à disposição para o que se fizer necessário”.

DENÚNCIA
Em entrevista à TV Vanguarda, Rafael de Faria Campos, de 41 anos, contou que o filho, que tem quatro anos e foi diagnosticado com autismo moderado, foi agredido por uma professora na tarde da segunda-feira (16).
De acordo com ele, a mãe da criança percebeu as agressões quando o filho voltou da escola com machucados nos dois braços.
O pai, então, retornou à unidade e conversou com a direção, que forneceu imagens de câmeras de segurança. Ainda segundo Rafael, a funcionária confessou a ele as agressões.
“A escola disse que ele estava fazendo uma outra atividade, mas não explicou porquê. Ele ficou em uma sala escura, onde as crianças dormem, mas não queria dormir. Não se trata a crise de um autista tentando fazer ele dormir, mas sim acalmando-o. Infelizmente a escola e essa profissional não estavam preparados para isso”, disse.

Assim que deixou a escola, Rafael foi até o 1° DP de Taubaté, onde registrou o boletim de ocorrência e entregou as imagens à Polícia Civil. A reportagem tenta contato com a educadora acusada de agressão.
A criança passou por exame de corpo de delito nesta terça-feira (17), conforme solicitação da polícia.

(G1)

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