UBATUBA REGISTRA PRIMEIRO FOCO DE GRIPE AVIÁRIA EM AVES SILVESTRES DE SP
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou que Ubatuba (SP) registrou o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no estado de São Paulo.
De acordo com o ministério, o caso envolve a ave da espécie trinta-réis-real (Thalasseus maximus) e foi confirmado na noite da segunda-feira (5).
Com isso, o total de casos no Brasil sobe para 24. Além deste em São Paulo, são 15 no Espírito Santo, sete no Rio de Janeiro e mais um no Rio Grande do Sul.
Todos os casos envolvem espécies de aves silvestres, ou seja, que vivem livres na natureza. Não há focos de gripe aviária em aves de granja, ou seja, voltadas para a alimentação.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há registros de contaminação da doença a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados.
No mesmo comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou que o consumo de carne e ovos se mantém totalmente seguro no país.
Apesar disso, é importante reiterar que a população evite contato com aves que estejam doentes ou mortas. Não se deve tocar e nem recolher aves doentes. Caso encontre alguma na sua região, acione o serviço veterinário local mais próximo.
O QUE É A H5N1?
O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. É menos comum em mamíferos e em humanos.
A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.
Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave):
• Baixa Patogenicidade: atinge as aves de forma mais branda e, muitas vezes, de forma assintomática. A taxa de mortalidade das aves, neste caso, é baixa;
• Alta Patogenicidade: a doença se manifesta de forma mais grave, é disseminada rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.