MORTES MISTERIOSAS DE BOIS EM FAZENDA PREOCUPAM PRODUTORES RURAIS

Os animais foram encontrados com mordidas na boca e no pescoço, sem vestígios de sangue e com partes do corpo arrancadas.

Proprietários da Fazenda Morro Cavado, em Caxambu, no Sul de Minas Gerais, relatam a descoberta de 17 bovinos mortos nos últimos meses. A causa das mortes é desconhecida e tem gerado preocupação entre os moradores locais. A prefeitura e a Polícia Militar de Meio Ambiente estão acompanhando o caso.

A Fazenda Morro Cavado, localizada a aproximadamente 3 km da zona urbana de Caxambu, possui 86 hectares de área de produção agropecuária e outros 24 de mata nativa. As primeiras mortes ocorreram entre fevereiro e março deste ano e, desde então, o motivo dos óbitos tem sido um enigma que intriga e assusta os moradores da região.

Animais mortos com sinais de violência

Segundo Maria Luiza Manchilha, moradora da fazenda e filha dos proprietários, os animais foram encontrados com mordidas na boca e no pescoço, sem vestígios de sangue e com partes do corpo arrancadas. “É muito chocante. Financeiramente, pra gente, tem um prejuízo”, afirma Maria Luiza.

Antes do ocorrido, a fazenda contava com 70 cabeças de gado, que produziam pouco mais de 100 litros de leite por dia. A perda dos animais representa um grande prejuízo para os produtores rurais.

Ação das autoridades e medidas de prevenção

A prefeitura de Caxambu, através da Vigilância de Meio Ambiente, e a Polícia Militar de Meio Ambiente estão monitorando a situação. O boletim de ocorrência registra a suspeita de um possível ataque de onça, e a corporação, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), acompanhará o caso.

Os proprietários foram orientados a tomar medidas de prevenção, como manter os animais confinados nos currais e instalar câmeras de segurança, na tentativa de identificar a causa das mortes. A população local teme que, além dos animais, pessoas possam ser atacadas. “A gente corre risco, porque hoje é um animal [atacado], mas amanhã pode ser um humano”, alerta Maria Luiza.

Fonte: Gazeta de Varginha

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