DÓLAR FECHA ABAIXO DE R$ 4,90 E ATINGE MENOR VALOR EM QUASE UM ANO; BOLSA SOBE

A moeda americana fechou o dia com queda de 0,65%, a R$ 4,890, menor preço desde junho de 2022. Já o Ibovespa teve alta de 0,52%, a 109.029 pontos.

O dólar aprofundou as perdas e fechou abaixo dos R$ 4,90 nesta segunda-feira (15), atingindo o menor valor em quase um ano. A Bolsa, por sua vez, teve o oitavo pregão seguido de alta.

A moeda americana fechou o dia com queda de 0,65%, a R$ 4,890, menor preço desde junho de 2022. Já o Ibovespa teve alta de 0,52%, a 109.029 pontos.

O dólar também caiu em comparação a outras moedas. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante outras divisas fortes, registrava queda de 0,26% nesta segunda.

No Brasil, porém, a sequência de altas da Bolsa e as expectativas sobre a tramitação do arcabouço fiscal ajudaram o desempenho do real ante o dólar.

“Nos últimos dias de alta do Ibovespa, observamos maior entrada dos investidores estrangeiros, que acabam vendendo dólares para entrar no mercado brasileiro. Além disso, há otimismo sobre o arcabouço fiscal no Congresso, que pode se tornar mais rigoroso com a adição de restrições ao governo em caso do não cumprimento das metas fiscais”, diz Fernando Bento, sócio da FMB Investimentos.

Há, ainda, cautela no mercado dos Estados Unidos por conta das negociações sobre o aumento do teto da dívida no país. Apesar de haver otimismo sobre um possível acordo, as indefinições aumentam o temor dos investidores.

Já a Bolsa brasileira foi apoiada principalmente pela Vale, que teve alta de 1,43%, alinhada com os contratos futuros do minério de ferro.

Do outro lado, puxaram o Ibovespa para baixo as ações da Petrobras, após declarações do presidente da companhia, Jean Paul Prates, sobre mudanças na política de preços dos combustíveis da petroleira.

Além disso, a coluna Painel S.A, da Folha de S.Paulo, noticiou que a Petrobras avalia adquirir o controle da Braskem, citando conversas reservadas de Prates. As ações da petroquímica também fecharam em forte queda.

Os juros futuros de curto prazo continuam subindo após a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril, na última sexta. Os contratos com vencimento para janeiro de 2024 foram de 13,29% para 13,31%.

Nos contratos mais longos, porém, houve queda. Os com vencimento em 2025 saíram de 11,71% para 11,66%, enquanto os para 2026 foram de 11,24% para 11,13%.

A inflação desacelerou a 0,61% em abril, mas ficou acima das previsões para o mês, com pressão dos preços de medicamentos e alimentos. Com isso, previsões para o início de cortes na Selic ficaram ainda mais incertas, mas a maioria das casas de análises manteve suas projeções inalteradas.

Via: O Vale

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