FEMINICÍDIO SOBE 48% NO INTERIOR DE SÃO PAULO EM 2023, APONTAM OS DADOS DA SSP

Registros de feminicídio chegaram a 46 ano no interior em 2023 contra 31 no ano passado

O número de mulheres mortas em casos de feminicídio – no qual a vítima é morta por ser mulher – cresceu 48% nos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. As mortes subiram de 31 para 46 apenas no interior do estado de São Paulo.

O percentual foi menor considerando todo o estado, mas mesmo assim está em alta: 24% a mais em feminicídios do que de janeiro a março de 2022 – 62 ante 50 mortes.

Os números levam em conta dados da transparência da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

No geral, somando as ocorrências de 16 crimes analisados pela SSP referentes às mulheres, o estado terminou o primeiro trimestre com 64,8 mil crimes contra 35,7 mil em igual período do ano passado, um aumento de 81%.

Além do feminicídio, subiram os casos de homicídio doloso (1,5%), tentativa de homicídio (26%), lesão corporal dolosa (14%), ameaça (70,8%), estupro consumado (5,4%) e estupro tentado (4%).

Por outro lado, caíram os casos de estupro de vulnerável consumado (-14%), estupro de vulnerável tentado (-10,4%), maus tratos (-35%) e constrangimento ilegal (-59%).

“Há muito que ser feito para diminuir a violência contra a mulher, que aumentou com a pandemia. O trabalho é de conscientização, de aumentar a fiscalização e de maior rigor na aplicação das leis, além de acolher as mulheres que sofrem violência”, disse Marcela de Andrade, diretora executiva do Centro Dandara, de São José dos Campos.

TARCÍSIO

A redução da violência contra a mulher foi uma das promessas de campanha do então candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos). Das 10 propostas para a segurança no plano de governo, quatro eram dedicadas ao combate à violência.

As propostas de Tarcísio falavam em proteção da mulher e da família por meio de um programa de prevenção, monitoramento por tornozeleiras eletrônicas e repressão de condutas agressivas contra a mulher.

Apontava ainda ações como “fortalecer a atuação das Delegacias da Mulher, com melhoria das estruturas e ampliação do horário de atendimento” e “criação de Abrigos Regionais Protegidos para a Mulher Vítima da Violência”.

Fonte: O Vale

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