ENTREVISTA: NOVO PRESIDENTE DA CNBB FALA SOBRE POLÍTICA, POVOS INDÍGENAS E TRABALHO DO PAPA

Em entrevista à TV Vanguarda, Dom Jaime Spengler contou sobre o trabalho que pretende desenvolver na CNBB e a responsabilidade de assumir o cargo.

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), foi eleito nesta segunda-feira (24) presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em entrevista à TV Vanguarda, Jaime falou sobre a responsabilidade de assumir o cargo e temas como política, o trabalho do Papa Francisco e ações para os povos indígenas.

Jaime disse que recebeu contente o resultado da eleição, destacou que é uma grande responsabilidade, mas que vai assumir a missão com felicidade.

“Meus joelhos estão tremendo ainda. Com temor e tremor. Estou feliz e preocupado, porque realmente é um grande desafio, nós somos o maior episcopado do mundo, isso significa uma responsabilidade grande”, afirmou.

Na presidência da CNBB, Dom Spengler disse que pretende dar continuidade ao trabalho do Papa Francisco.

“Nós imaginamos, claro, a continuidade ao processo inaugurado pelo Papa Francisco, sobre os princípios de comunhão e participação. É fundamental, faz parte da estrutura e da história da própria igreja. Os próximos quatro anos pode ser o incremento disto que o Papa está pedindo de toda a igreja, na nossa realidade brasileira”, narrou.

Questionado sobre os povos indígenas, em especial os Yanomami, Jaime afirmou que não pretende ficar inerte.

“Onde a vida não é cuidada, onde a vida não é promovida, a igreja sempre vai se manifestar, isso ela tem feito ao longo de todos esses anos da história da CNBB. Sempre orientada pelo princípio do que está no evangelho, onde essa vida não é completa, ela está fragilizada, está ameaçada, o discípulo do ressuscitado não pode ficar inerte, não pode não se manifestar”, destacou.

Por fim, Spengler falou sobre manter uma atitude crítica e independente.

“A igreja sempre manteve uma atitude crítica em relação a atividade política, seja em relação a um grupo ou outro grupo que está no poder. A igreja sempre manifestou independência e senso crítico e ao mesmo tempo, o bom senso deve marcar as nossas manifestações, nossas posições e posicionamentos”, afirmou.


Via: G1

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