COM CHUVA ACIMA DA MÉDIA HISTÓRICA, NÍVEL DO CANTAREIRA É O MAIOR DESDE 2012
Nível do Sistema Cantareira atingiu está acima dos 70%, valor que não era registrado há mais de 10 anos.
Com um volume de chuva acima da média nos últimos meses, o Sistema Cantareira atingiu o maior nível registrado desde 2012. Atualmente, o sistema opera com capacidade acima dos 70%, valor que não era atingido há mais de 10 anos.
Dono de uma marina na represa Atibainha, em Nazaré Paulista, o empresário Cândido Moraes relembrou os períodos de forte estiagem em 2014, que afetou os reservatórios e em muitos pontos as represas praticamente secaram.
Com isso, a Sabesp precisou puxar água do chamado “volume morto” para que não houvesse um desabastecimento total na capital e na região metropolitana, e mesmo com esse recurso, muitas pessoas não escaparam do racionamento.
Além do racionamento, o turismo na região bragantina foi bastante afetado. Muitos retiraram os barcos das marinas e levaram para praia, causando desemprego e gerando prejuízo para os empresários.
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Volume de chuva
Em quatro dos últimos seis meses choveu acima da média histórica na região das represas do Cantareira. Em fevereiro deste ano, foi registrado 284,4 mm de chuva, ou seja, quase três vezes mais que em fevereiro do ano de 2022, onde registraram um volume 107,3 mm.
Nesta segunda-feira, 6 de março, o Cantareira opera com 72,5%, mas há um ano atrás o volume era de 43,1%.https://ae64baea3a7ff1058257f40caa09fe2f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
De acordo com o especialista em Recursos Híbridos, Wilson Cabral, o aumento do nível para acima do normal está relacionado com as chuvas terem sido localizadas em áreas de reposição das represas do Cantareira.
“Essa chuva embora a gente esteja em regiões adeptas climáticas bem parecidas, por exemplo, aqui no Vale do Paraíba e na região da Cantareira, choveu mais nas áreas de reposição das represas do Cantareira do que nas áreas de reposição das represas do sistema equivalente do Rio Paraíba do Sul, então com isso explica essa subida bem acima do normal dessa sequência de represas da cantareira”, explicou Wilson Cabral.
Novos desafios
Para os especialistas, o desafio agora é colocar em prática ações de reflorestamento e preservação de toda a área dos mananciais. E assim, o Cantareira poderá enfrentar novos períodos de estiagem sem ter tantos problemas, como os enfrentados anteriormente.
“Planejar o sistemas para que a gente mais reconstrua, mais restaure, do que destrua os ambientes naturais. Então são esses ambientes naturais, que vão garantir, minimamente, uma resiliência para tempos incertos”, declarou Cabral.
Fonte: G1