PF APREENDE CARRO DE LUXO E RELÓGIOS EM OPERAÇÃO CONTRA DESVIO DE VERBA NA EDUCAÇÃO EM APARECIDA

Uma operação da Polícia Federal que apura desvio de verbas na Educação em Aparecida (SP) apreendeu na quinta-feira (19) um carro de luxo, relógios e pulseiras. Somados, os produtos têm valor estimado de mais de R$ 300 mil.
Os trabalhos fazem parte da segunda fase da operação Apate, que teve início em 2021 e investiga o uso de recursos do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) pela Prefeitura de Aparecida em 2015.
A suspeita é de que houve fraude na licitação para compra de material escolar, além de superfaturamento de mais de R$ 622 mil.
Com mais indícios de que houve um procedimento ilegal no certame, uma equipe da PF cumpriu um mandado de busca e apreensão em São José dos Campos (SP) na quinta.
Durante a operação, os policiais encontraram e apreenderam um carro de luxo e mais de 20 relógios.
Procurada pelo portal, a Prefeitura de Aparecida não se manifestou até a última atualização da reportagem.
Na primeira fase da operação, a reportagem falou com a defesa do ex-prefeito Márcio Siqueira, que alegou que a licitação investigada teria ocorrido em um período em que o político estava afastado da chefia do Executivo. A reportagem ainda tenta contato com Ernaldo Marcondes, que substituiu Siqueira durante o afastamento e também foi prefeito por um mandato.

OPERAÇÃO APATE
A Polícia Federal iniciou, em setembro de 2021, a primeira fase de uma operação para apurar desvios em verbas da educação em Aparecida (SP). A suspeita é de que houve fraude na licitação para compra de material escolar, além de superfaturamento de mais de R$ 622 mil.
De acordo com a PF, empresas concorrentes no certame eram ligadas ao mesmo empresário, mas registradas em nomes de laranjas.
Três empresas participaram da licitação, sendo que uma foi inabilitada e outra foi desclassificada pelo não comparecimento de sua representante no dia do pregão. Assim, a terceira empresa foi vencedora de itens dos quatro lotes registrados, no valor total de R$ 4,6 milhões.
A Polícia Federal apontou ainda que, além da fraude na licitação, documentos indicam sobrepreço no valor de R$ 622 mil, o que causou prejuízo aos cofres públicos.

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