BEBÊ DE 1 ANO INGERE ‘SUPER COLA’ E TEM QUEIMADURA DE 2º GRAU; MÉDICO ALERTA SOBRE RISCOS

Segundo pediatra, o atendimento médico deve ser prioridade nesses casos, assim como levar a embalagem do produto ingerido

A Karoline de Lima Moraes, de 27 anos, começou o ano de 2023 com um grande susto. Ela mora em São José dos Campos e no dia 1º precisou buscar ajuda para filho, Anthony de Moraes Silva, de um ano e 11 meses, após ele ingerir acidentalmente uma cola super potente e ter queimaduras de 2º grau.
A mãe conta que era para ser um dia tranquilo e de comemoração após a virada de ano, mas todo o planejamento se transformou em um grande desespero. Karoline, o marido e os outros três filhos estavam na casa de familiares, quando o acidente aconteceu.

“Estava amamentando a minha filha, sentada em um sofá. Anthony, que é bem arteiro, brincava no quintal e meu esposo segurava o portão para que ele não fugisse [para fora de casa]”, conta a mãe.
Em segundos, a criança entrou para o interior da residência e, em menos de um minuto, acabou ingerindo a cola que estava caída no chão, ao confundir com um franco de remédio.
“Uma sobrinha minha, que também estava na casa, viu o Anthony com o vidro de cola na mão e rapidamente gritou alertando a todos e trouxe ele até a mim. Nessa hora eu não conseguia pensar em nada, além de salvar o meu filho e retirar a cola de sua garganta”, completa.
Em um ato de desespero, mãe e pai tentaram retirar o produto da garganta do menino, com os dedos, e na intenção de que ele vomitasse. Vendo a cola secar rapidamente e a criança agonizando, os pais entraram em um carro e foram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Campo dos Alemães.
“No caminho para o hospital percebemos que Anthony estava incomodado com a camiseta que vestia. Vimos que a cola grudou na pele dele também e formou uma ferida. Tiramos a roupa dele e saiu na ‘pele viva’. No caminho, já comecei também a ver o meu filho desfalecendo”, relata.

O bebê recebeu atendimento médico de plantonistas e, segundo a mãe, eles utilizaram um tipo de tubo que puxava a cola para fora. Karoline informou ainda que foi preciso voltar para a casa, pois os médicos pediram a embalagem do produto, para identificarem a composição e gravidade contra a saúde da criança.
“Meu esposo estava tão apavorado que nem conseguiu dirigir. Precisei pegar o carro e, no momento em que deixei o meu filho no hospital, perdi o chão. Saí sem enxergar nada e gritando o nome de Deus, pedindo a ele para não levar o meu filho. Gritava, Deus, salva meu filho”, relembra a mãe.
Após cerca de seis horas de atendimento, o menino teve alta e a família voltou para a casa, segundo a mãe, sem qualquer orientação ou laudo sobre o estado clínico da criança.

(G1)

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