EQUIPE QUER ENTENDER COMO MENINA DE 12 ANOS QUE MATOU ANA LÍVIA APRENDEU A ATIRAR
A colega de Ana Lívia confessou que matou a amiga com um tiro na nuca com um revólver que pegou de um tio, que é agente de segurança
Foto: Arma utilizada no crime era de tio de menina de 12 anos
A equipe de perícia que trabalha com os advogados de Ana Lívia, menina de 13 anos morta pela colega de 12 em Taubaté, está investigando mais informações que expliquem como a menina conseguiu a arma e sabia manuseá-la. A colega de Ana Lívia confessou que matou a amiga com um tiro na nuca com um revólver que pegou de um tio, que é agente de segurança.
Ana Lívia foi morta no dia 27 de setembro, em sua casa no Jardim Paulista, quando ela e sua amiga esperavam uma carona para ir à escola. A menina de 13 anos foi encontrada já morta pela sua mãe, por volta das 13h.
A arma utilizada no crime é uma Taurus TH 380, pistola que pesa 790 gramas, sem munição, lançada há 4 anos. Ela é utilizada para defesa pessoal, forças de segurança e tiro desportivo. Ela possui três mecanismos de segurança: trava do percussor, indicador de cartucho na câmara e trava de Segurança com desarmador do cão.
Descrita como robusta, a arma possui um “coice” quando disparada, ou seja, precisa ser administrada com firmeza e segurança. “Acreditamos que uma menina franzina de 12 não conseguiria utilizar uma arma desse tipo sem nenhuma instrução prévia”, disse o advogado Jefferson Coutinho.
A investigação da Polícia Civil já foi encerrada, mas o grupo legal que representa a família quer saber se o tio da menina teria a levado a algum estande de tiro na região, ou se ele ou outra pessoa deu alguma instrução prévia para a criança antes do crime.
“É estranho que com uma arma complexa ela tenha conseguido dar um disparo único na nuca da Ana Lívia”, completa Coutinho.
A equipe também acredita que Ana Lívia foi rendida antes do disparo, tendo sido obrigada a ficar parada.
O CRIME.
O caso aconteceu no dia 27 de setembro, no bairro Jardim Paulista, em Taubaté, antes de Ana Lívia e a garota de 12 anos irem para a escola. Pela manhã, Lívia ligou para a mãe perguntando se a amiga podia ir até sua casa para que as duas pudessem ir para a escola juntas, de carona com a mãe de outra colega.
Horas depois, a mãe de Ana Lívia encontrou a menina já sem vida, em seu quarto. De acordo com a polícia, a menina de 12 anos confessou ter atirado contra Ana Lívia com uma arma de fogo que pertence ao seu tio, que trabalha como agente penitenciário.
Lívia foi encontrada com um tiro na nuca, com o corpo caído em cima de uma mesa de cabeceira. A menina foi encaminhada para a Fundação Casa, onde espera por julgamento para definição da medida socioeducativa que será aplicada em seu caso.
Fonte: O Vale