Vale do Paraíba registra baixa adesão na campanha contra a poliomielite
Restam poucos dias para o fim da campanha de vacinação contra a poliomielite. O Brasil tem, desde 1994, o certificado de erradicação da doença, que causa a paralisia infantil, porém, um relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o país está com alto risco para o surgimento de novos casos.
O Ministério da Saúde estendeu a campanha de imunização até o dia 30 de setembro, mas a adesão continua baixa em cidades do Vale do Paraíba. Em São José dos Campos a adesão está na casa dos 58%.
Segundo a Chefe da Vigilância Epidemiológica, a prefeitura está expandindo os postos de imunização, além de contar com a vacinação durante os fins de semana.
“Nós disponibilizamos um número maior de locais aos finais de semana, em horários diferentes, para as pessoas que não podem levar os filhos durante a semana, vacinem os filhos nos finais de semana. Aumentando a oferta, a gente proporciona que as pessoas tenham mais liberdade de vacinar os filhos.”
Em Jacareí, onde a imunização está na casa dos 60%, a Prefeitura irá realizar uma busca ativa nas escolas, atrás das crianças que ainda não se vacinaram, como explica a secretária adjunta de Saúde, Agda Fernandes.
“As unidades vão fazer a busca ativa, vão procurar pelas crianças que não tomaram a vacina ainda, que é para gente tentar atingir os 95% que é a nossa intenção. Nós temos uma relação muito boa com a educação, pelas escolas, então todas as unidades básicas de saúde vão fazer a busca pelas crianças, e através das mídias também.”
A gestora em vigilância em Saúde de Taubaté, Erika Oliveira, ressalta que um dos fatores que explica a baixa adesão, é o fato dos pais não verem casos da doença. Porém a sanitarista afirma que a paralisia infantil é uma doença terrível, sendo a vacinação o único caminho para que não sejam registrados novos casos.
“Muitos acham que não está mais tendo a doença, porque não estão mais vendo criança que foi acometida pelo vírus da poliomielite, então acaba achando que não tem mais. Só que para não ter a doença a gente precisa de uma cobertura vacinal alta, para que a gente possa ter tranquilidade para a doença não reclamar.”