Presídios da RMVale tem superlotação até 59% mais do que a capacidade
Com um excedente de 2.636 detentos, a maioria dos presídios que ficam na RMVale está com superlotação. Das 11 unidades prisionais na região, sete estão com mais presos do que comportam. Atualmente, todas elas somam 12.405 detentos, quando a capacidade é de 9.326. Ou seja, 33% a mais.
Segundo dados da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), a penitenciária que mais tem excesso de presos é a Potim 2, com 59% a mais da sua capacidade. Atualmente, 1.345 homens estão encarcerados no local, mais de 500 a mais do que os 844 que a unidade deveria abrigar. A APP (Área de Progressão de Penitenciária) também tem superlotação, com 41% a mais de presos do que deveria ter.
A P1 de Tremembé também é uma das mais cheias. Em agosto, o número de presos a mais no local chegou a quase 700, 53% a mais do que sua capacidade. A Potim 1 também está com superlotação de 57% a mais do que sua capacidade, abrigando 1.326 presos, quando deveria receber apenas 844.
Todos os CDPs (Centros de Detenção Provisória) da região estão com superlotação. Em Caraguatatuba, há um excedente de 295 presos: o CDP da cidade comporta 751 pessoas, mas está com 1046 presos. Na APP, há 47% a mais da capacidade.
Na cidade de Taubaté, o CDP tem 1.008 presos, mas só comportaria 844. O CDP de São José dos Campos tem 4% a mais do que deveria comportar, com um excedente de 26 presos.
De acordo com a Sifupesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), em 2020 a SAP possuía um déficit de 734 agentes técnicos de assistência à saúde – psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais -, 272 dentistas, 200 enfermeiros, 644 médicos e 491 técnicos de enfermagem, além de milhares de servidores a menos nos setores administrativo, operacional, de segurança, escolta e vigilância.
OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que para minimizar o problema da sobrepopulação prisional, desde o início desta gestão foram inaugurados 8 novos presídios, ampliando 6,6 mil vagas no sistema prisional, além de cinco novas unidades prisionais em construção para criar outras 4,1 mil novas vagas no sistema prisional.