Silveiras decide não realizar Festa do Tropeiro e Rodeio

Economia e Covid-19 motivam medida; mesmo considerados chaves no cronograma do turismo, eventos voltaram a ser afetados por dívidas deixadas pelo antecessor

A Prefeitura de Silveiras anunciou, na última sexta-feira (15) que não promoverá neste ano os tradicionais eventos, Festa do Tropeiro e Rodeio Fest. Além de garantir o equilíbrio financeiro das contas municipais, o Executivo justificou que a medida busca evitar que a cidade registre um aumento de casos de Covid-19.

Em um vídeo publicado em seu perfil oficial no Facebook, o prefeito Guilherme Carvalho (PSDB) ressaltou que a decisão em não realizar as festividades, tradicionalmente realizadas entre a penúltima e a última semana de agosto, levou em conta os atuais cenários econômico e epidemiológico do município.

Segundo o chefe do Executivo, os eventos, que historicamente atraem moradores de outras cidades, representariam um risco para a população devido as aglomerações que seriam criadas, propiciando o avanço do contágio pelo novo coronavírus. “Sabemos da importância desses eventos, que incentivam o turismo e valorizam a cultura do município. Desde o início de nossa gestão houve uma preocupação em resgatar o verdadeiro significado da Festa do Tropeiro. Nos últimos dois anos fomos afetados pela Covid-19 e ainda estamos enfrentando a doença, que mantém um alto nível de transmissão. Recentemente realizamos uma pesquisa com a população, e a maioria foi contrária à realização dos eventos”, explicou Carvalho.

De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica de Silveiras, a cidade contabiliza, do início da pandemia até o momento, 1.323 moradores contaminados pela Covid-19, sendo 21 mortos e 1.180 recuperados. Atualmente, o município tem quarenta moradores infectados, entre eles 39 estão em isolamento domiciliar e um internado.

Em relação aos motivos econômicos que contribuíram para a decisão de não promover as festas, Carvalho explicou que a Justiça recentemente determinou que a Prefeitura pague uma dívida de R$ 4 milhões em precatórios trabalhistas, deixada pela antiga gestão municipal.

O prefeito revelou que, até o momento, seu governo conseguiu desembolsar R$ 1,5 milhão, sendo que os R$ 2,5 milhões restantes deverão ser quitados até o fim deste ano e apontou ainda outros fatores que justificam a necessidade de poupar os recursos que seriam empregados na realização das festividades. “A partir de agosto reajustaremos em 135% o valor do vale alimentação dos servidores municipais, que passará de R$ 170 para R$ 400. Assim, ao invés de R$ 720 mil, serão injetados mais de R$ 1,604 milhão na economia do município.  Sabemos da relevância dessas festas populares, mas no momento decidimos avançar em outras questões por respeito ao dinheiro público e pela saúde da população”.

Fonte: Jornal Atos

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