Vale chega a 40 dias sem chuva significativa, estiagem segue até o final do mês
A Região do Vale do Paraíba está há 40 dias seguidos sem chuva significativa, ou seja, aquela com mais de dez milímetros. Os dados são do Instituto de Meteorologia (Inmet) que projetam que a estiagem deve seguir até o fim do mês. Com o tempo seco, a Defesa Civil e os bombeiros têm feito alertas para os cuidados com a baixa umidade e com o risco de queimadas.
A última chuva mais volumosa caiu na região entre os dias 9 e 11 de junho. Depois disso, houve precipitações, como na semana passada em alguns trechos de Taubaté, Pindamonhangaba e São José dos Campos, mas de forma tímida, com volume menor que 30 milímetros.
De acordo com os meteorologistas, o inverno tem como característica o tempo seco, mas acima da média.
“Em junho choveu pouco, bem abaixo da média climatológica, que é de 30 milímetros. Então, a gente vem arrastando um período de dois meses com chuvas esporádicas e em pouco volume. As frentes frias é que trazem as chuvas nesta época do ano, mas elas não têm passado pela nossa região”, explica Gustavo Escobar, do Inpe.
O frio também ainda está tímido na região como um todo. As manhãs têm tido temperaturas mais baixas, mas que sobem com o início da tarde e as máximas tem chegado aos 30°C.
A previsão é de que a estiagem e as temperaturas altas sigam nos próximos dias. “Um sistema de alta pressão continua atuando na região, isso vai fazer com que a temperatura máxima aumente, o que diminui a umidade relativa do ar. Devemos sentir isso a partir da sexta-feira (22)”, explica.
De acordo com os especialistas, há risco de que esse seja um inverno com período de seca acima da média, já que não há ainda qualquer indício de fenômeno que possa mudar o cenário, trazendo chuva à região.
Com isso, o tempo seco tem se estabelecido. Na região, a umidade do ar está em 30%, que é o limite, classificado já como estado de atenção. A Defesa Civil e os bombeiros têm feito alertas para os riscos da reação em cadeia da falta de chuva e o tempo seco, que são as queimadas.
Desde o início do mês o órgão tem se reunido em forças tarefas pela região, para combater o incêndio e alertar a população sobre o risco do uso do fogo. No início dessa semana, um incêndio atingiu o Pico Agudo, ponto turístico em Santo Antonio do Pinhal, e foram dois dias tentando apagar as chamas. A suspeita é de que o fogo tenha começado com uma fogueira para descarte de lixo.
Em Taubaté e Pindamonhangaba as ocorrências já superam as do mesmo período do ano passado, a maior delas em beiras de estrada e rodovias. Os órgãos alertam que motoristas não descartem cigarros nos trechos, já que com a vegetação e o solo secos, a chance de que o fogo se alastre é maior.