Estado confirma um caso de Varíola dos Macacos em São José dos Campos
A Secretaria estadual de Saúde confirmou na quinta-feira (7) que um dos pacientes com diagnóstico confirmado de “monkeypox”, a doença conhecida como varíola do macaco, mora em São José dos Campos (SP).
O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado no início de junho e no fim do mês a transmissão local foi confirmada – antes disso, os casos tinham ligação com pessoas que haviam viajado ao exterior.
Segundo a pasta, são 121 casos confirmados da doença no estado e 107 deles são na capital. No Vale do Paraíba e região bragantina, o único caso confirmado até esta quinta foi o de São José.
Segundo vigilância sanitária municipal, o paciente é homem, teve contato com pessoas de outros estados e não precisou ficar internado.
De acordo com a secretaria estadual, todos os infectados estão com boa evolução do quadro e são acompanhados pelas vigilâncias epidemiológicas de cada cidade.
TRANSMISSÃO
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
• Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
• De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
• Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
• Da mãe para o feto através da placenta;
• Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
• Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
SINTOMAS
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
• febre
• dor de cabeça
• dores musculares
• dor nas costas
• gânglios (linfonodos) inchados
• calafrios
• exaustão
Geralmente, de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, que costuma começar no rosto e se espalha para diversas partes do corpo. As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
COMO SE PROTEGER
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
ISOLAMENTO
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.