Terceira onda: em dois meses, Vale tem 26% dos casos e 8% das mortes da pandemia

Variante Ômicron multiplica número de infectados e é contida por vacinação, que reduziu internações e mortes

A terceira onda da Covid-19 ficou caracterizada pelos dois primeiros meses de 2022, os mais contagiosos de toda a pandemia no Vale do Paraíba.
A chegada da variante Ômicron do coronavírus ultrapassou de longe todos os prognósticos e fez 2022 tornar-se um dos períodos mais contagiosos da pandemia na região.
Para se ter ideia da dimensão da doença neste ano, os dois meses de 2022 acumulam 117,2 mil casos confirmados de Covid-19, mais de 50% acima do que a região registrou em todo o ano de 2020.
Ou seja, foram mais contaminados em 59 dias do que nos 289 dias do primeiro ano da pandemia.
A Ômicron fez com que o ano de 2022 fosse responsável, até o momento, por nada menos do que 26,4% de todos os 447,9 mil casos da pandemia. A média deste ano é de quase 2.000 casos diários contra 626 por dia na pandemia desde o início.
Depois de 67 mil casos positivos em janeiro, recorde na região, fevereiro alcançou o patamar de 50,1 mil casos confirmados de Covid-19 no Vale.
A boa notícia é que a última semana registrou queda de 53% na quantidade de casos, o que consolida a tendência de redução da doença – 5.536 infectados contra 11,8 mil na semana anterior.
No mesmo período, as mortes recuaram 52%, com 35 óbitos nos últimos sete dias contra 73 no intervalo anterior.
Para o estatístico Paulo Barja, professor da Univap (Univeridade do Vale do Paraíba), os dados revelam a “nova cara” da pandemia: “Propagação mais rápida e letalidade menor, por causa dos vacinados”.
Isso fica demonstrado na quantidade de internações de casos graves de Covid-19 e de mortes pela doença na região.
Proporcionalmente, 2022 deveria ter tido um ‘estouro’ em ambos os indicadores, mas não foi o que aconteceu. Os números subiram, mas bem abaixo do pico de 2021.
Janeiro e fevereiro terminaram com 670 mortes por Covid-19 e 117,2 mil casos, com a taxa de letalidade em 0,57%.
Trata-se do índice mais baixo em toda a pandemia, menor até do que o de dezembro de 2021, que registrou 0,83% de letalidade – 3.494 casos e 29 mortes.

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